Assessoria de Pimenta distribui entrevista do deputado com a versão dele sobre o episódio da garagem
Este site e, imagino, outros veículos de comunicação, receberam uma entrevista feita Assessoria de Imprensa do deputado santa-mariense, Paulo Pimenta, com ele próprio. Trata-se, portanto, de material oficial do parlamentar. O que não significa, obviamente, que não seja correto. Afinal de contas, é uma manifestação dele. E é por isso, e por acreditar que, afinal de contas, ele precisa se manifestar, que (com a informação acima) publico o dito material. Que cada um tire suas próprias conclusões. Ei-lo:
Pimenta: “minha indignação diante desta nojenta realidade levou-me ao equívoco”
Qual foi sua intenção ao aproximar-se do senhor Marcos Valério após seu depoimento na CPMI da Compra de Votos?
Paulo Pimenta – Meu desejo de que as investigações sobre as ações do senhor Marcos Valério sejam levadas às últimas conseqüências levaram-me a cometer excessos no meu desempenho como vice-presidente da CPMI. Minha indignação diante desta nojenta realidade levou-me ao equívoco, ao final da reunião, depois de 14 horas de depoimento do senhor Marcos Valério, de buscar, de maneira inadequada, um contato que me permitisse obter as informações necessárias para investigar o que eu precisava averiguar. Não acredito na idéia de que o senhor Marcos Valério participou da campanha de 1998 e voltou a atuar apenas em 2003.
E por que renunciar ao cargo de vice-presidente da CPMI? Paulo Pimenta – Tomei a posição de reconhecer meu erro perante meus colegas da CPMI e demais colegas. Isso porque sou extremamente exigente nas relações que estabeleço, sejam elas de trabalho ou do cotidiano, e não poderia adotar conduta diferente ao julgar o meu próprio procedimento. Tenho a humildade para dizer que, mesmo tendo agido de boa-fé e tendo tido como propósito a obtenção de mais provas, e tendo imaginado que aquele era um veículo de apoio do Senado, na condição de vice-presidente da CPMI, a melhor atitude que eu tinha a tomar era deixar o cargo para que minha presença não impeça o trabalho dos demais colegas e não coloque sob suspeita a investigação nem a necessária imparcialidade dos que coordenam a Mesa daquele colegiado.
E a lista que surgiu durante a reunião mista das comissões será investigada pela CPMI da Compra de Votos?
Paulo Pimenta – Não quero polemizar sobre a famosa lista, mas quero dizer que ela não é apócrifa. Ela tem autor, tem assinatura. Foi encaminhada formalmente a esta Casa e protocolada no dia 25 de julho, na CPMI dos Correios. Não a divulguei porque não concordo com essa prática de lançar nomes sem a devida investigação, mas entendo que seja preciso, sim, investigar seu conteúdo.
Como será sua atuação na CPMI a partir de agora?
Paulo Pimenta – Não acredito, de forma alguma, na tese de que esse esquema ilegal e corrupto de financiamento das campanhas foi operado em 1998, 2003 e 2004, e ficou, de forma inexplicável, adormecido em 2000 e 2002. Não aceito como verdade as palavras do senhor Marcos Valério e acho que ele tem ainda muito a explicar. Continuarei cumprindo meu papel na CPMI e investigando a fundo os acontecimentos que deixam indignado todo o cidadão brasileiro.
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