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RETROSPECTIVA 2021. Um emocionado artigo do Delegado Marcelo Arigony, a nota campeã do ano

Em meio ao júri dos réus da Kiss, a palavra da “linha de frente” do inquérito

Foi assim. De repente, a polícia começou a ser injustamente criticada no júri da Kiss. Era opinião do editor. Mas, mesmo que não fosse, o convite seria feito. E o delegado Marcelo Arigony, da linha de frente do inquérito que começou tudo, lá no longínquo 2013, aceitou.

O resultado foi o artigo “A culpa é minha”, publicado (imagem ao lado) na madrugada de 10 de dezembro. Aí, a surpresa agradável. Se supunha pudesse haver respaldo do leitorado, mas essa expectativa simplesmente excedeu.

O fato é que um artigo, em algo inédito na história de 17 anos e meio do site, se tornou a nota mais acessada de 2021. Foram, segundo o Google Analytics, mais de 55 mil leitores. E é o texto abaixo, que você pode reler:

A culpa é minha – por Marcelo Mendes Arigony

Queria que não tivesse ocorrido o incêndio na boate Kiss. Principalmente pelos pais, mães e irmãos que tiveram suas crianças levadas antes da hora. Tenho certeza que o prefeito da época, os secretários, os bombeiros, os engenheiros, os arquitetos, os músicos, os profissionais da saúde, os militares, os juízes e promotores, os meus colegas policiais, os vereadores, os taxistas, os flanelinhas, os músicos, o governador e todas as pessoas sãs desse mundão queriam que não tivesse havido aquele evento infeliz.

Mais, acredito piamente que aquela infeliz atitude de acender aquele artefato pirotécnico não teria ocorrido se aquele rapaz sequer imaginasse o trágico resultado. O outro rapaz não teria nunca sequer comprado aquele artefato de fogo. Aquela banda não teria tocado naquela boate se imaginasse que aquilo era uma arapuca. Os proprietários da boate, mesma forma, nunca fariam aquelas reformas e nem manteriam a casa funcionando naquelas condições com aquela quantidade de pessoas, se minimamente pudesse crer que o incêndio pudesse ocorrer.

Nem aqueles taxis estacionados em frente, que estavam num ponto irregular, que não era devidamente fiscalizado estariam ali. Tenho certeza que não. Mas o infortúnio ocorreu. Os táxis amassados pela multidão tentando fugir do fogo são prova de que ocorreu.

Muitas vidas se perderam. Muitas pessoas sobreviveram com sequelas. Vivemos o evento kiss desde as primeiras horas e por muito tempo. Convivemos com o fato por muito tempo, com as pessoas envolvidas por muito tempo, temos objetos até hoje na delegacia, a pedido da Justiça. O evento kiss é parte das nossas vidas. Vimos e assimilamos muito da dor. Que dor, meu Deus. Mas mesmo assim não temos como sentir a dor dos pais, mães e irmãos. Essa dor deve ser insuportável…”

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