Congresso. Governo não deixará Dilma desamparada, no depoimento marcado para esta quarta
Originalmente, a Chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, foi convocada para falar sobre o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) na Comissão de Infra-Estrutura do Senado. Ela será inquirida pelos senadores, a começar pelo tucano Marconi Perillo, que preside o órgão.
É óbvio que, inclusive para constranger Dilma, outros assuntos, especialmente a questão dos cartões corporativos, serão introduzidos no papo. E como vai se comportar a bancada governista? Evidentemente que como governo. Ou não? Confira, a propósito, o que escreve o jornalista Carlos Lopes, na página editada pelo analista político Etevaldo Dias. A seguir:
Governo prepara blindagem de Dilma no Senado
O governo prepara as linhas de defesa para atuar no Senado, onde a ministra Dilma Rousseff presta depoimento quarta-feira. Dilma foi convocada para falar sobre o seu prato preferido, o PAC, mas a oposição quer discutir com ela um assunto indigesto: a produção de um dossiê com gastos confidenciais do governo FHC.
O depoimento vai se dar na Comissão de Serviços de Infra-estrutura, que é presidida por um oposicionista, o tucano Marconi Perillo (GO). Sua aprovação se deu em um momento de cochilo da base de sustentação, que estava ausente da reunião da comissão. Nada impede que sejam feitas perguntas sobre o dossiê, ao que tudo indica produzido na Casa Civil, mas a ministra-chefe não está obrigada a ir muito além de respostas-padrão. Pelo sim, pelo não, a liderança do governo no Senado articula a construção de um escudo protetor para Dilma.
A Comissão de Infra-estrutura chegou a aprovar outro requerimento convocando a ministra para falar especificamente sobre o dossiê. A matéria, contudo, está sub judice, já que o colegiado não teria por que investigar o vazamento de informações sobre um assunto que não lhe diz respeito.
Depois de um período quebrado pelo feriado de 1º de maio, o Congresso volta à rotina das medidas provisórias. Na Câmara são quatro, entre as quais a que aperfeiçoa as regras das Zonas de Processamento das Exportações (ZPEs) e a que aumentou o salário mínimo para R$ 415. No Senado são duas tratando da abertura de créditos extraordinários, que a oposição se recusa a votar e o governo aceita até derrotar, já que os recursos já foram utilizados.
Esse impasse pode ser resolvido pelo Supremo Tribunal Federal, que deve retomar na quarta-feira o julgamento de uma ação de inconstitucionalidade do PSDB contra medida provisória sobre crédito extraordinário. Cinco ministros já se manifestaram favoravelmente à ação, contra o voto de três colegas. Caso a ação venha a ser acatada (falta somente um votinho), o governo vai precisar de mais planejamento e de menos medidas provisórias para a execução orçamentária.
SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui, se desejar, outras notas publicadas por Etevaldo Dias.
ATENÇÃO
1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.
2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.
3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.
4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.
5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.
OBSERVAÇÃO FINAL:
A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.