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Observatório. Confira aqui a versão original da coluna publicada neste sábado, 20 de dezembro

“PDT, ELE E A HISTÓRIA DO CAMELO”

 

 

IMPOSSÍVEL – Tomando, com a necessária humildade, mas alguma licença (quem sabe licensiosidade), as palavras Dele, “é mais fácil um camelo passar no interior de uma agulha”, que o PDT de Santa Maria se entender minimamente.

 

 

 

“É MESMO BOM DE NEGOCIAÇÃO ESTE PP, QUE ESTÁ POR CIMA DA CARNE SECA”

 

 

O Partido Progressista está mesmo por cima da carne seca, em Santa Maria. Tem, no futuro agrupamento governista, a maior bancada na Câmara de Vereadores. Por conta disso, se recusou a ceder edis para o secretariado  – e pelo menos dois foram sondados, um Sandra Rebellato, mas recusaram. E mais: jogou alto na negociação para a formação de uma chapa do oficialismo para a Mesa Diretora. Queria a presidência em dois dos quatro anos, em vez do um para cada sigla (as outras são PMDB, PSDB e DEM), como havia sido anteriormente acordado. E queria o primeiro ano.

 

Resultado do enrosco: o PP andou uma quadra de futebol de salão para frente e recuou um passo. Cedeu o primeiro ano para que o PMDB presida. E o cargo será de João Carlos Maciel. Mas ganhou os dois anos que pretendia de fato: 2010 e 2011. O último período da Legislatura caberá ao DEM, mais exatamente a Manoel Badke. E o PSDB foi convencido a abrir mão, tendo asseguradas outras regalias, na nomeação de Cargos de Confiança.

 

O restante do acordo, que ainda está sendo costurado nas suas minúcias, o leitor desta coluna sabe desde a semana passada. O principal CC, a secretaria geral, ficará (tcham-tcham-tcham-tcham!) com o PP. E, nos quatro anos, seu ocupante será o presidente do partido, Marcelo Dalla Corte. Ao PMDB caberá o segundo cargo vital, a Procuradoria, a ser ocupada por Robson Zinn. E o presidente terá o direito de escolher o seu Chefe de Gabinete.

 

Cá entre nós, é bom de negociação o PP. E isso vem desde a formação das chapas para o pleito de outubro, quando impôs a aliança também na proporcional, contra a vontade do PMDB – que temia exatamente o que ocorreu: seus parceiros conseguiram eleger mais edis e agora, mais que nunca, são fiéis na balança do poder. Na Câmara. E na Prefeitura.

 

ATENÇÃO: que ninguém duvide se, no (improvável?) aumento de 14 para 21 vereadores, essa situação se modifique. Inclusive porque, nesse caso, o PMDB terá (teria) mais edis. Então…

 

 

 

“O PDT E A INTIMADA EM CEZAR SCHIRMER”

 

 

A direção (subjudice, mas em exercício) do PDT “intimou” Cezar Schirmer, que recebeu carta assinada pelo presidente, Henrique Heinz. No texto, tornado público pelo site www.claudemirpereira.com.br na quinta-feira, o pedetista, em resumo, “informa” o futuro prefeito que ninguém pode negociar oficialmente pelo PDT. Se referindo, claro, à busca (ou a disposição, ao menos) de cargos pelos ditos dissidentes. Não se sabe se Schirmer respondeu à missiva.

 

 

 

“PODE ACREDITAR SEM MEDO: SÓ NÃO VAI SE LAMURIAR QUEM SUCEDER A SI MESMO”

 

 

A seção “Não custa lembrar”

 

 

Em 20 de janeiro de 2001:

 

“* Prefeitos de vários municípios da região recém assumiram os cargos e, definitivamente, não têm tempo para uma folga.

* Há os endividados. E Santa Maria é o exemplo mais gritante. Por isso mesmo, porque o pessoal grita. E porque, de fato, aparentemente os números são arrepiantes.

* E há os afogados. Aqueles que, por obra e graça de São Pedro, estão às voltas com pontes caídas, estradas obstruídas e lavouras prejudicadas. Tudo em função das chuvas.”

 

Hoje:

 

Passados exatos oito anos, menos um mês, não demora e já se passará a ouvir a gritaria dos prefeitos. Seja por sua própria dificuldade em assumir as funções para as quais, embora preparados, não estão acostumados. Seja por dificuldades naturais, decorrentes, agora, não pela sobra, mas pela falta de chuvas. Essa é uma previsão fácil de fazer. As exceções, claro, são os reeleitos, que estes não podem lamuriar-se de si mesmos.  Pode aguardar. E conferir.

 

 

 

“SCHIRMER QUER CRIAR O DIÁRIO OFICIAL SEMANAL. E, NO PT, UMA REVIRAVOLTA”

 

 

A seção Luneta

 

 

Tem gente falando demais, no futuro secretariado do município. E já recebeu pitos de Cezar Schirmer. Não diretamente, mas por quem tem delegação para tanto.

 

É do jogo, mas talvez não se esperasse tanto. O fato é que sobram muxoxos no interior dos partidos da aliança governista vitoriosa em outubro.

 

O que não falta é gente braba se exclamando pelos cantos, inclusive para jornalistas, porque não se sentiu atendida na sua vontade de participar do governo.

 

A “acusação” mais ouvida é de um suposto personalismo dos líderes partidários, que “pensam mais neles” que nas agremiações. Ou, traduzindo, esquecem deles, os queixosos.

 

Reviravolta no futuro político-eleitoral de Fabiano Pereira. Ele será mesmo candidato a deputado federal em 2010. E em Santa Maria, baterá de frente com seu companheiro Paulo Pimenta.

 

O caminho de Valdeci Oliveira, também do PT, ficaria bem mais facilitado, na disputa por vaga na Assembléia Legislativa. Mas não será o único concorrente do partido.

 

Vilmar Galvão, amigo do atual prefeito, também deverá estar na nominata petista de concorrentes ao parlamento gaúcho. Em dobradinha com Ivar Pavan, próximo presidente da Assembléia e pretendente a uma vaga na Câmara.

 

O futuro prefeito, Cezar Schirmer, contou ao colunista, na quarta-feira, sua intenção de criar um Diário Oficial no município. Terá periodicidade semanal, é o projeto.

 

O fato é que a pasta de Assistência Social só não teve o titular anunciado nesta semana porque Xico Bianchin não aceitou. Pelo menos por enquanto, pois convidado foi.

 

Tiago Machado declinou do convite para trabalhar no Ministério da Educação, em Brasília. Preferiu ficar no Rio Grande do Sul, mais exatamente na Assembléia Legislativa.

 

O jornalista que se transformou em revelação, no secretariado de Valdeci, atuará na Diretoria de Comunicação do parlamento gaúcho, a partir do final de janeiro.

 

O que, não se sabe. Mas Valdeci Oliveira terá, sim, função no governo Lula. Mas no Rio Grande. Não está nas pretensões do futuro-ex-prefeito residir de novo em Brasília.

 

Você também pode encontrar este colunista diariamente às 7h45, e ao meio dia, na rádio Antena 1; e a qualquer momento no site www.claudemirpereira.com.br.

 

 

 

“É PRUDENTE TOMAR CUIDADO COM A FARRA DO ESTÁGIO. O MP PODE TE PEGAR”

 

 

Tem secretário imaginando (e até dando inclusive entrevista a respeito, como aconteceu na quarta-feira) a possibilidade de rechear a sua pasta com estagiários. É bom que alguém explique que isso só acontecerá se não houver remuneração.

 

A farra do estágio para apaniguados (mesmo que com, vá lá, a melhor das intenções profissionais ou acadêmicas), e que corria frouxa no Executivo e no Legislativo, está banida desde meados do ano passado, após um Termo de Ajustamento de Conduta firmado com o Ministério Público. O TAC vale tanto para a Prefeitura Municipal quanto para a Câmara de Vereadores. Agora, só com concurso público. A alternativa é trabalhar de graça. Ou, no caso, estagiar de graça.

 

Se alguém aceitar isso, tudo ok. Do contrário, é só fazer as provas, bem direitinho, que a sociedade e o MP estão fiscalizando. Ou pelo menos esta coluna, nem tão modestamente.

 

 

 

“COM TRÊS CANDIDATOS NO SECRETARIADO, SCHIRMER TERÁ QUE SER DIPLOMATA”

 

 

Prefeito eleito tem um

trio de candidatos para

gerir. O que é algo raro

 

Raro? Inédito? O fato é que, até onde alcança a (boa) memória do colunista, nunca antes um prefeito teve que conviver com primeiro escalão no qual 20%, a par do seu interesse em contribuir para com a administração, são candidatos a cargo importante em menos de dois anos. Supondo que todos permaneçam dedicados às funções pelo tempo máximo permitido por lei, ainda assim serão 16 meses, até abril de 2010. O que pode ser nada, se tudo correr bem. Ou muito, se problemas surgirem. Catastrófico se, além de tudo, houver competição entre eles para além do habitual.

 

Não se está aqui a fantasiar.Trata-se de questão real. Mesmo que os atores a desmintam, publicamente. Sem falar que, para (talvez) complicar, os três nomes dessa história estão em postos estratégicos para o sucesso de uma gestão – caso de José Farret, vice-prefeito e secretário de Saúde; fundamentais para consolidação da influência efetiva do município na região – situação de Jorge Pozzobom, na Integração Regional e Relações Institucionais;  ou ocupada por reconhecido e incentivado afiliado político – como Tubias Calil, secretário de Esportes.

 

É fato que o trio, que compõe os 20% do primeiro escalão de Cezar Schirmer, concorre a deputado. Farret e Tubias à Assembléia; Pozzobom à Câmara dos Deputados. Todos devidamente paramentados para a campanha, e com um cargo à perfeição para o trampolim político-eleitoral.

 

E a administração? E a gestão municipal? E o interesse comum a todos e à comunidade que lhes deu a outorga para as atividades agora concedidas pelo prefeito eleito? Pois é. Pois é. Mais que nunca, Cezar Schirmer terá que ser diplomata. Ou se transformar num, se antes não foi.

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