COLUNA OBSERVATÓRIO. A greve discreta dos servidores no campus da Universidade
Houve um tempo em que greve (qualquer uma) causava grande comoção na sociedade, provocava debates intensos na mídia e se discutiam lucros e prejuízos dela decorrentes. Não parece ser o caso do movimento paredista, que já está beirando o primeiro mês, dos servidores técnico-administrativos da Universidade Federal de Santa Maria.
Se sabe, por notas aqui e ali, que há problemas sérios de funcionamento na Biblioteca Central e não estão abertos os Restaurantes Universitários. Mas são questões, pelo menos por enquanto, restritas ao interior da instituição.
A população da boca do monte, é a aparência ao menos, não está nem aí. Ao ponto de caber a pergunta feita ao colunista, esta semana: mas tem greve, meeesmo, na UFSM? Eis algo que talvez devesse levar as lideranças do movimento a refletir. Ou não?
Vladimir bom dia. A dimâmica Sindical não tem lógica. Para seu Governo a imensa maioria das IFES estão em greve, acontece que saem das bases as nossas representações, dai chegando lá em Brasília os governistas travestidos de grevistas fazem molengo na hora do vamos ver. Mesmo em greve a maioria dos delegados defedem o Governo, e nas votações mesmo em greve eles votam contra a categoria. O resto vc pode ler no meu contário. Bueno ficaria aqui uma semana tentando lhe explicar como funciona a coisa, e seria pouco. Mas estou disposto a conversar com vc ou com quem que seja para que possam fazer entender o nosso momento Sindical.
ET. Teu primeiro parágrafo foi perfeito é bem isso. A falta de formação politica embora estejamos numa Universidade faz com que as pessoas não tenham exclarecimento suficiente para andarem com os próprios pés.
Jaci e mais ou menos isso, mas o grande problema eh falta de coerência. Outro problema é a profissionalização Sindical, na Fasubra tem Diretores que estão lá a mais de 20, apanas trocam de cargo e segue o Baile. Se o governo e contra o seu partido destilam toda a raiva do mundo, mas se quem está governando é da parceria, blindam o Governo pouco se importanto com a categoria.
Figurantes na GREVE. Perfeito. Os “líderes”, sindicalistas, nem na cidade estão. Tão pouco estão em Brasilia ou algum encontro. O movimento murcha pela falta de liderança.
@Saúl
O que mais me admira é que os sindicatos como ASSUFSM, FASUBRA, consigam manipular tantas cabeças. A base, servidores, sejam de nível médio ou superior, estariam hipnotizados pelos defensores do governo petista, e não conseguem pensar por si mesmos? Eu não sei se to ficando louco, mas quem faz greve, me parece é a categoria, indepente da direção sindical. Quer dizer, se houvesse esse sentimento de indignação tomando a todos não haveria direção “pelega” que impedisse. Os cara-pintadas contra o Coloor não foram criados pelas direções sindicais; foram um movimento espontâneo dos estudantes que trouxeram as entidades a reboque. A comuna de Paris não nasceu exatamente da cabeça de dirigentes sindicais, mas foi um movimento de massas. Então, alguma coisa parece estar errada, indo muito além dessa visão restrita de que a greve não aparece apenas porque existem “pelegos” no movimento. Do meu ponto de vista, essa visão de rotular é típico dessa esquerda infantil, que está sempre a um passo da revolução, mas nada faz para construir um movimento realmente grande, ao contrário, com o discurso antipático e truculento, só afasta as pessoas.
Bom dia.
Meu caro, simples simples de entender. Hoje quem governa o País é Lulla, desculpe leia Dilma. Nosso Sindicato tem uma maioria governista, que são figurantes na greve, outros nem sequer participam da mesma. Dizia outro dia em nossa Assembleia, se o Governo fosse o Serra as ruas, e as Praças da Boca do Monte seriam teatro de um embate ferrenho por parte da CUMPANHERADA. Hoje os valentes calam, puxam a luta para atráz. Publicam na imprensa (materia paga) textos de uma candura que emociona, e da vontade de chorar. Quem vê, ou escuta as notas tem a impressão que tudo vem do além, não imagina que somos vitimas de um governo que se diz defender trabalhadores, mas na sua essência tem o ideário neoliberal, faz tudo que o Banco Mundial recomenda. Mal trata os Servidores públicos, saca os seus direitos, e não corrige os salários inflacionados, a não ser os dos Presidente, Senadores e Deputados. Teria muito mais para dizer, mas concluo com um parágrafo. Antes certos sindicalistas faziam o papel de leões que urravam contra o dono do circo, hoje são gazelinhas dóceis, felizes e saltitantes em defesa do governo que lhes represnta, pouco se importanto com a categoria que deveria ter obrigação moral de defender. Escutem logo após às 19 horas na Plim plim a nota da ASSUFSM, aviso, é proibido se emocionar! Como já não bastasse o pelegismo nas nossas bases, a nossa Federação (FASUBRA) a muito perdeu a validade, está infestada de blindadores do governo do Partido dos trabalhadores, e fazem tudo para que as coisas não aconteçam.