Um irmão – por Alice Elaine Teixeira de Oliveira

Aquela pessoa que é tão querida, que se torna um irmão de coração. Parece um clichê, algo um tanto quanto ultrapassado, quase que apelativo, porém, continua sendo uma verdade que viaja o espaço/tempo de eras e gerações.

Uma pessoa que foi, ou ainda o é, tão importante quanto um parente consanguíneo. Aquela pessoa impossível de ser apagada, deletada e subscrita de nossos registros afetivos. Não importa as circunstâncias que aconteçam na vida, tudo conspira para que nada mude neste elo irrompível de amizade duradoura.

É um amor sereno de textura e cores macias. Um sentimento de paz e totalidade que independe do Sol ou da Lua, do dia ou da noite e que não espera que mudem as estações para vestir-se de alegria. Aquele ser que simplesmente te faz feliz por existir, que lhe deixa radiante por estar feliz e que lhe ocupa os pensamentos quando não está…

Uma criatura permeada de idiossincrasias, o que fazem dela um raro item de uma coleção preciosa. Pessoa aquela cujos recortes encaixam-se perfeitamente e preenchem as nossas falhas, igual aos ângulos de recortes das pedras incas.

Nada se compara a encontrar durante nossa dura estrada, pelo menos, um irmão para a nossa história. Alguém que possa dividir a dor e o amor. Aquela pessoa que vê além do que lhe é mostrado, sente o que precisa e age quando necessário.

Sortudos são aqueles que encontram vários irmãos e irmãs, que constroem com estas amizades os seus alicerces e cercam-se de tantos quantos existirem na face desta terra.

Se já encontrou um alguém, que lhe era totalmente estranho, para chamar de irmão, ou irmã, descreva-o, conte a todos sobre este sentimento, este ‘amor de irmão’ que em grego se diz fi·la·del·fí·a…