Arquivo

Tá pensando o quê!. Ser edil federal é outra coisa. Tem até atendimento vip em aeroporto

Apagão aéreo? Só para o comum dos mortais – se bem que não tããão comum, assim, afinal apenas 3% da população, segundo as últimas estatísticas disponíveis, se utilizam regularmente do avião para viajar. Em todo caso, os que estão nessa condição sofrem, há um bom tempo, das dificuldades para se utilizar desse meio de transporte.

 

Bem, nem todos. Os parlamentares, e mais exatamente os deputados federais, gozam de alguns privilégios indisponíveis à classe média, que dirá os menos abonados. Há quase 20 anos, existe na Câmara, inclusive, um departamento apenas para atender aos parlamentares no aeroporto de Brasília. E há também serviço semelhante no Rio de Janeiro.

 

O interessante de tudo isso, ou trágico, dependendo do ponto de vista, é que as próprias companhias aéreas já mantém serviços especiais exclusivos para os deputados, inclusive um guichê para venda de passagens no próprio prédio da Câmara Federal. E mais: pela freqüência como viajam, os edis federais já são tratados (e isso vale para deputados e senadores) como passageiros Vips, com os privilégios inerentes a essa condição.

 

Em todo caso, se trata de algo absolutamente desnecessário. Claro, olhando do ponto de vista do contribuinte (e esses são todos, pobre ou ricos, mais os primeiros que o segundos, aliás). É essa sobrecarga de recursos por conta do cidadão a base da reportagem que o site especializado Congresso em Foco, em texto assinado por Lúcio Lambranho. Acompanhe:

 

 “Longe das filas

Serviço especial em aeroportos do Rio e de Brasília evitam que parlamentares enfrentem problemas a que estão sujeitos os mortais comuns

 

O presidente Lula usa o avião presidencial em suas viagens. Os ministros e seus assessores diretos, assim como os presidentes da Câmara e do Senado, têm à disposição um serviço especial para autoridades, mantido pela Força Aérea Brasileira (FAB). Todos eles ficaram, portanto, longe das filas dos aeroportos que marcaram a crise do setor aéreo.

 

Deputados e senadores não podem usar serviços semelhantes, a não ser que sejam convidados por autoridades, mas voam em aviões comerciais com passagens pagas pelo Congresso. Isso ajuda a entender a irritação que provocaram neles a onda de cancelamentos de vôo e a confusão causada pela maior crise da aviação comercial brasileira – esta mesma que agora anima a oposição a comprar uma briga com o governo para instalar uma CPI que investigue o assunto. O tema esquentou o tempo na Câmara, onde a bancada oposicionista está obstruindo as votações com o objetivo de garantir o funcionamento da comissão.

 

Mas quem imagina que os parlamentares passaram o mesmo aperto que os passageiros durante o apagão aéreo está redondamente enganado. A ira contra o governo federal e os controladores de vôos ou o sentimento de impotência diante da falta de informações e da incompetência das empresas aéreas foram e continuarão sendo, se depender da vontade do Senado e da Câmara, significativamente suavizados para deputados e senadores.

 

Afinal, o Congresso Nacional gasta mais de R$ 1 milhão por ano com o objetivo de evitar que os parlamentares enfrentem filas no check-in ou cheguem uma hora antes do embarque para pegar o cartão de embarque e despachar suas bagagens, norma que o cidadão comum é obrigado a cumprir.

 

Basta mandar um fax ou passar as informações do deputado ou senador por telefone, além das coordenadas do vôo e pronto: é só pegar o cartão de embarque com um dos funcionários à disposição, mesmo que isso seja feito minutos antes da hora marcada, e seguir para casa longe de qualquer um desses terríveis problemas que os demais brasileiros costumam enfrentar nos saguões dos aeroportos nacionais…”

 

SE DESEJAR ler a íntegra clique aqui.

 

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo