DISTORÇÃO. Fazer mais votos não significa ter mais deputados. Mas, e quem vai mudar isso?
Um deputado no Acre precisa muito menos votos, em termos relativos, que um do Rio Grande do Sul. É apenas um exemplo de distorção – provocada claramente pelo fato de haver deputados demais acreanos e de menos no caso gaúcho. Isso vale para vários estados, em que a disparidade é evidente.
Mas, pergunto: alguém aí já moveu uma palha para mudar essa situação? Não, definitivamente não. Então, o jeito é se adaptar. E, se for o caso, chorar – como está fazendo, de uma certa maneira, o material publicado nesta quarta-feira pel’O Estado de São Paulo. É o caso específico de um partido, aparentemente o maior prejudicado. Como já´foram outras, em pleitos pretéritos.
Mas há, sim, uma deformidade. Porém, duvideodó que seja modificada. Ah, sobre os efeitos neste ano, acompanhe o texto assinado pelo jornalista Daniel Bramatti. A seguir:
“Com 9% de votos de vantagem, PMDB elege 49% deputados a mais que PSDB…
…Na eleição para a Câmara dos Deputados, candidatos do PMDB tiveram, em todo o País, apenas 9% de votos a mais que os do PSDB. Essa proporção não se refletiu no número de eleitos – os peemedebistas ficaram com 49% de cadeiras a mais que os tucanos.
O PMDB conquistou, com 13,15% dos votos, 15,4% das vagas da Câmara – o melhor aproveitamento entre os grandes partidos. Já os tucanos, com 12% dos votos, obtiveram apenas 10,3% das cadeiras.
A performance dos dois partidos exemplifica distorções do sistema eleitoral brasileiro. Elas ocorrem graças a dois fatores: o peso diferenciado dos eleitores nos grandes e nos pequenos Estados e a existência de coligações na eleição para deputado – o que faz com que o voto em um partido possa ajudar a eleger o candidato de outro.
Trajetória. O PT foi o partido mais votado para a Câmara e também o que elegeu a maior bancada. Teve 16,6% do eleitorado e ficou com 17,1% das vagas. De 1994 a 2002, os petistas conquistavam mais votos que cadeiras, e o contrário passou a acontecer a partir de 2006, quando seu eleitorado ficou menos concentrado nos grandes centros.
O DEM, que elegeu a quarta maior bancada, recebeu 7,6% dos votos e ficou com 8,4% das vagas. Nas quatro eleições anteriores, o partido também obteve mais cadeiras do que eleitores, em termos proporcionais…”
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