Não custa lembrar. Agora, pelo menos, o PMDB não finge que terá candidato a Presidente

Olha só a nota que publiquei na noite de 24 de maio de 2006, uma quarta-feira:

“Simon tem só 2% em pesquisa Datafolha. Índice é ducha de água fria em sua pré-candidatura     

Não deixa de ser decepcionante. É verdade que, mesmo seus mais ferrenhos apoiadores (a maioria do PMDB gaúcho e a Juventude do Partido no Estado, além da grande – e da nem tanto – mídia do Estado), imaginavam que o índice não seria excepcional. No entanto, os 2% de intenção de voto apurados pelo instituto Datafolha, e divulgado agora há pouco pelo Jornal Nacional, que contratou a pesquisa em que foram ouvidos mais de 6 mil eleitores em todo o País, jogam uma ducha de água fria para as eventuais pretensões do senador Pedro Simon.

O senador, que segundo o noticiário do dia pretende lançar a pré-candidatura à Presidência, pelo PMDB, na manhã desta quinta-feira, teve menos intenção de votos do que Heloísa Helena, do PSOL (7%), e Enéas, do Prona (3%). Está empatado com Roberto Freire, do PPS, e à frente de Cristovam Buarque, do PDT, e José Maria Eymael, do PSC, ambos com 1%.

Em quaisquer dos cenários da pesquisa Datafolha, e também na do instituto Sensus, divulgada antes do meio dia desta quarta, Lula venceria no primeiro turno, qualquer que fosse a combinação de candidatos adversários...”

Para conferir a íntegra da nota, acesse aqui.

PASSADOS EXATAMENTE DOIS ANOS da publicação da nota acima, pelo menos uma coisa já se pode dizer: o PMDB não finge mais que é um partido unido e que terá candidato a Presidente da República. A maior agremiação do país assume, mesmo que não diga, que é uma confederação de interesses regionais dificilmente convergentes nacionalmente. Assim, iniciativas isoladas – como Germano Rigotto e Pedro Simon protagonizaram há dois anos – não passam disso. São boicotadas pela maioria dominante na agremiação.E não se enxerga no horizonte, cá entre nós, uma mudança efetiva no quadro.