CEMITÉRIO. CPI não sai. Motivo: recesso parlamentar

Por MAIQUEL ROSAURO (com foto de Divulgação), da Equipe do Site
Não vai ser em 2018 que a Câmara de Vereadores de Santa Maria irá investigar a situação do Cemitério Ecumênico Municipal. Apesar de ter sido alvo de uma denúncia de sumiço de túmulo que gerou até a exoneração de cargo de confiança (CC) da Prefeitura, o bloco de oposição do Legislativo resolveu não investir no tema. Motivo: o recesso parlamentar.
O Grupo dos 11 articulava protocolar, esta semana, o pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Porém, pesou o fato de que os trabalhos seriam prejudicados pelo recesso na Câmara, que ocorre de 1º de janeiro a 19 de fevereiro.
“Neste momento, não vamos protocolar a CPI, embora haja elementos suficientes para tal. Vamos acompanhar o inquérito policial e a sindicância na Prefeitura”, explica o líder da oposição, Valdir Oliveira (PT).
O petista espera que a apuração da Polícia Civil e da Prefeitura tenham um desfecho com clareza. Caso isso não ocorra, ele não descarta uma CPI em 2019.
“Vamos dar este tempo porque poderão surgir mais elementos e novas denúncias. Além disso, também teremos mais informações que poderão puxar o fio de meada”, analisa Valdir.
Entenda o caso
O repórter Marquinhos Barcellos, da Rádio Medianeira, acompanhou com exclusividade, em 9 de novembro, o registro policial de Maria da Silva, 67 anos, e o filho dela, Alessandro da Silva de Medeiros, na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA). A família reportou uma denúncia de apropriação indébita e tentativa de venda irregular de túmulo no Cemitério Ecumênico.
No mesmo dia, o caso foi levado ao conhecimento do vice-prefeito e secretário interino de Infraestrutura, Sérgio Cechin (PP). Em 12 de novembro, o servidor Pedro Luiz Lemos, CC do governo municipal, foi exonerado.
Conforme o repórter Fabricio Minussi, da Rádio Medianeira, a Prefeitura informou, via nota, que Lemos foi demitido devido a gravidade dos fatos e outros relatos que chegaram à Secretaria de Infraestrutura. A Polícia Civil investiga o caso.
Com fritura e defenestração de secretários no futuro pode faltar assinaturas.