Transparência. Em três meses, Câmara de Vereadores usou 18,6% dos recursos orçados para 2009
Tenho inúmeras restrições ao comportamento político dos vereadores santa-marienses. Especialmente os das últimas duas legislaturas. Isso é público. A atual, cá entre nós, ainda está engatando o trabalho e é impossível fazer uma análise específica – mas logo, logo se poderá se realizar uma avaliação nesse aspecto.
Mas há uma coisa que é preciso ser destacada no parlamento santa-mariense: os números são transparentes. Talvez menos do que gostaríamos, mas quem acompanha o dia-a-dia da Câmara (e nem precisa estar no prédio para isso, basta checar a internet) pode, ao menos, constatar a movimentação financeira do Legislativo.
Um exemplo: estão na rede os balancetes mensais e até um quadrimensal (que virá em maio). E por esses documentos é possível acompanhar como e onde é gasto o troco que, de resto, é público.
Com base nos números de março, para ser mais preciso, se fica sabendo que, no primeiro trimestre do ano, a Câmara já usou R$ 1,786 milhão dos R$ 9,578 milhões orçados para os 12 meses. Isso dá, até aqui, em percentual redondo, 18,6%. Se seguir a média dos primeiros meses (o que é possível, embora improvável), sobrará troco para o município, no final de dezembro.
Mais: as diárias dos vereadores, veja só, foram utilizadas me valores menores aos dos próprios servidores da Casa. Os edis, entre diárias propriamente ditas e despesas de locomoção, têm disponíveis R$ 90 mil para todo o ano. Até aqui foram gastos, no total, pouco mais de R$ 2,6 mil – quase tudo (R$ 2,5 mil) no último mês, aliás.
Já os servidores, sob a rubrica de Capacitação de Recursos Humanos têm orçados, para o ano inteiro, entre diárias e gastos com locomoção, R$ 88 mil. E gastaram, para a realização de cursos e outras atividades externas, R$ 4,8 mil, dos quais quase R$ 3,5 mil em março).
ADENDO CLAUDEMIRIANO: de minha parte e, creio, da população também, só gostaria que fossem discriminados (o que não ocorre, no balancete) os gastos com algumas vantagens dos edis e que o grande público não conhece ou, se isso ocorre, não têm como saber, pelos balancetes: quanto foi gasto em telefone, combustível e outras despesas administrativas a que os vereadores têm direito? Se isso for colocado na rede, a sociedade agradece.
PARA LER A ÍNTEGRA DOS BALANCETES DA CÂMARA, CLIQUE AQUI
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