Não custa lembrar. Amadores ou profissionais, edis abusam da demagogia orçamentária
Na madrugada de domingo, 10 de junho deste ano, publiquei a seguinte nota:
Vereador. Mandato concedido pelo eleitor é emprego? Ou “um extra na vida da gente”?
A vereadora Magali Adriano, que é professora (e diretora de escola municipal), declarou à repórter Jaqueline Silveira, do Diário de Santa Maria, que a política tem de ser um extra na vida da gente. Temos de ter uma participação nela como cidadão, não como uma profissão. (Confira, no final do texto, a sugestão de leitura)
É uma opinião ponderável, penso. No entanto, colide com a realidade. A política é, para muitos, uma profissão. E a própria Câmara é exemplo eloqüente. Mesmo quem tem formação, e poderia estar no mercado, opta por ser apenas edil. E não há crime nisso. Muito pelo contrário. Pessoalmente, nada tenho contra quem vê, na política, uma forma de garantir a sobrevivência.
Problema há, e é dos grandões, quando isso significa (e também não é raro) colocar a profissão acima dos princípios que nortearam a eleição. Isto é: o político, que inclusive não precisa ter mandato eletivo para exercer suas atividades com profissionalismo, e ser remunerado por isso, não pode é fraudar o seu patrão. E faz isso quando age demagogicamente, simplesmente para agradar um ou outro setor específico, sem considerar o todo. Ou quanto simplesmente troca de patrão, a pretexto de vantagens. Sejam ou não devidas.
É, resumindo, indiferente ao cidadão, se quem ele elege tem fontes de renda adicionais aquelas inerentes ao cargo. Fundamental é sua ação em serviço. O resto… bem… é o resto. Desde que não seja criminoso. E aí está o busilis, percebe-se a uma simples leitura do noticiário político nacional.
Se você quiser ler a sugestão de leitura, clique aqui.
PASSADO EXATAMENTE MEIO ANO, chega a hora de a Câmara de Vereadores votar o Orçamento do Município para 2008. O festival de emendas registrado é, também, um verdadeiro rega-bofe demagógico. Vereadores, profissionais ou não, apresentam propostas que até as pedras sabem serem de cumprimento impossível, mesmo aprovadas. O que querem, então? Simples: demagogicamente, irão à rua tal dizerem que eles colocaram a melhoria no orçamento; se a prefeitura não cumpriu, problema da prefeitura. Ah, e isso vale também para emendas sugeridas por edis governistas. Quer dizer, amador ou profissional, o edil precisa ter algo que, é uma pena, está difícil encontrar: seriedade e bom senso.
ATENÇÃO
1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.
2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.
3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.
4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.
5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.
OBSERVAÇÃO FINAL:
A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.