“…Nossos filhos têm uma outra pergunta de difícil resposta: “eu nasci para ser o quê?” (capacidade nata). A tendência é sonhar com as carreiras mais tradicionais e com chances de ganhar muito dinheiro. Só que na prática isso não acontece com a grande maioria; e aí é que começam as dúvidas. A falta de uma orientação profissionalizante, tem levado muita gente a escolher o curso errado. E a consequência, é o crescente índice de desistência que tem ocorrido nas universidades federais, principalmente.
Outro agravante, é o baixo envolvimento dos pais, durante a passagem pelo primeiro e segundo graus. A gente tende a se justificar, na linha… “o meu dever de pai/mãe é oferecer ensino para os filhos; depois a vida é com eles”. Só que a realidade hoje é…”
CLIQUE AQUI para ler a íntegra do artigo “A vida é tua, meu filho!”, de Carlos Costabeber – graduado em Administração e Ciências Contábeis pela UFSM (instituição da qual é professor aposentado), com mestrado pela Fundação Getúlio Vargas em São Paulo, com especialização em Qualidade Total no Japão e Estados Unidos. Presidiu a Cacism, a Câmara de Dirigentes Lojistas e a Associação Brasileira de Distribuidores Ford. É diretor da Superauto e do Consórcio Conesul.
Há quem cante loas aos formados na cidade. Pegam alguém que se deu bem como se fosse a regra. "'Fulano' virou médico de renome", por exemplo. E os outros 59 que se formaram junto, onde estão? Vinte anos atrás (mais ou menos) se formou um turma de odonto. Dois ou três acabaram lecionando biologia num destes estados aí para cima. Se procurar com cuidado, vão encontrar engenheiros lecionando matemática ou física. Faziam engenharia na UFSM e matemática de noite na antiga FIC. Acabaram professores. Procurando um pouco encontram-se professores de educação física que viraram agentes da polícia federal. Relações públicas lecionando em cursinhos de idiomas. Vendedores formados em letras. Auditores fiscais e técnicos do tesouro com formações diversas.
Muitas das vagas na área de manufatura migraram para a China. Algumas já saíram da China e foram para o Vietnã. A India tem muita mão de obra.
Muitos países enfrentam o mesmo problema. Muita gente pensa que os americanos tentam resolver o problema só com alta tecnologia. Não procede. Estão incentivando o pequeno empreendedor, a empresa de garagem, o "bico", a produção artesanal (desde pão gourmet até facas forjadas a mão). Facilita o aspecto cultural de valorizar o trabalho. Trabalhar e ganhar a vida dignamente. Aqui ainda preparam mão de obra para vagas que não existem, sujeito é preparado para arrumar um emprego ou virar funcionário público. Mundo muda e as mentalidades não mudam.