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Não custa lembrar. Um tempo em que virar a casaca era o mesmo que trocar de camisa

Confira a nota que publiquei na madrugada de 12 de dezembro de 2006, uma terça-feira:

“Vira-casacas. 193, de 513 deputados federais, trocaram de partido pelo menos uma vez

Não sei se haverá reforma política. Tenho lá minhas profundas dúvidas (leia as duas notas imediatamente anteriores, e que tratam do tema). No entanto, sobre algo tenho convicção: se não se fizer nada, a mixórdia continuará no âmbito do Congresso Nacional. Ao ponto de, com a licença do ditado popular, deputados e senadores continuarem a trocar de partido como se troca de camisa.

Veja-se o caso do roraimense Alceste Almeida, atualmente no PTB (parênteses, Almeida é, soube há poucos dias, médico formado aqui mesmo na UFSM, lá pelos anos 60, início dos 70). Esse senhor, que por sinal é acusado de ser uma das “sanguessugas” é, se não contei mal, o campeão das trocas. E começou no primeiro dia do mandato, em 1º de fevereiro de 2003. Na ocasião, deixou o PL pelo qual havia sido eleito, e se bandeou para o PPS. Menos de dois meses depois já estava no PMDB, que mais adiante foi trocado pelo PTB, retornou ao PMDB, saiu, virou independente, voltou de novo ao PMDB até que trocou o peemedebismo mais uma vez pelo PTB. E, ufa, não se reelegeu.

Pode isso? Pode, no Brasil. Fidelidade partidária é uma bobagem que os civilizados políticos inventaram e que não tem valor algum por aqui. Será que vai mudar? Honestamente? Duvido muito. Só resta a esperança. E, enquanto isso não vem (hehehehehehe), vale a pena
…”


Para ler a íntegra da nota, acesse aqui.

PASSADO EXATAMENTE UM ANO, a vira-casacagem só amainou, e menos assim um pouco, depois de 27 de março deste ano, quando o Tribunal Superior Eleitoral resolveu o que o Congresso não teve interesse de fazer: determinou, com base na lei, que o mandato pertence ao partido, não ao candidato. Por essas e outras que, apenas no Rio Grande do Sul, 101 edis podem perder sua vaga nos legislativos municipais. Inclusive o santa-mariense Isaias Romero, eleito pelo PDT e hoje no PMDB. O presidente da Câmara foi acionado pelos pedetistas e o caso está na Justiça, para uma decisão até o início do próximo ano.

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