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Mídia. Tiro certeiro contra a falsa neutralidade de jornalistas e dos veículos de comunicação

Pra você, que me lê habitualmente, não é novidade. Tenho me batido, e até me indignado, com a falsa neutralidade da imprensa brasileira em relação ao processo eleitoral. Aliás, cada vez mais respeito as posições definidas, não importando o lado adotado pelos veículos. Desde que deixem isso muito claro em seus editoriais.

Não canso de louvar, aqui, dois casos. Um, o da Carta Capital. Em 2002, e agora, a revista, não abrindo mão da sua isenção e espírito crítico da cobertura analítico-noticiosa que faz dos fatos políticos, deixou explícito que, para ela, o melhor candidato a presidente era (e é) Luiz Inácio Lula da Silva. O outro é o do jornal O Estado de São Paulo que, em 2002, também sem prejuízo de uma cobertura isenta (não necessariamente independente), declarou que o melhor presidente para o Brasil seria José Serra. Perfeito. Tanto num quanto no outro caso.

Ninguém, assim, é enganado. Pois é, mas isso que escrevi acima são gloriosas e quase únicas exceções. Por isso mesmo devidamente destacadas. No pleito de agora, porém, a situação chega a extremos de cinismo. Aliás, não neste preciso instante, mas de pelo menos um ano para cá – ok, ok, seis meses – o noticiário de televisão e jornal (me refiro aos grandões da mídia, inclusive no RS) pode ser tudo, menos isento. E ficaria muito mais honesto se todos seguissem o exemplo da Carta e do Estadão. Em benefício do consumidor, no caso o leitor e o telespectador.

Agora, eu ficar dizendo e escrevendo isso, aqui do interior da província, tem uma importância relativa (que não desconheço, mas reconheço limitada). Então, para ajudar o entendimento acerca do assunto, reproduzo, a seguir, artigo de um jornalista dos mais conhecidos nas redações (é um repórter de mão cheia) e também na academia (é professor de jornalismo da Universidade de São Paulo).

Trata-se de texto assinado por Bernardo Kucinski. Melhor ficar com o que ele escreveu. E cada um tire a própria conclusão. Quanto a mim, a única intenção é estimular o debate, além de buscar a desmistificação da falsa neutralidade. Confira:

”Viva a Liberdade de Imprensa!

“Quero agradecer em primeiro lugar aos meus companheiros de partido de São Paulo. Foi graças a São Paulo que estamos virando o jogo. E agradecer a meus irmãos da Opus Dei que me confortaram nos piores momentos da campanha até aqui. Mas quero agradecer acima de tudo aos jornalistas brasileiros, sem os quais seria impossível desconstruir esse verdadeiro mito da política que estamos enfrentando.

Parecia uma tarefa impossível. O arquétipo do “pai dos pobres” estava profundamente enraizado no imaginário popular. Mas certos preconceitos também estavam e a imprensa foi muito feliz em fazer aflorar esses preconceitos. Lembro a todos a associação dos petistas a ratos através do poder da imagem, na capa de VEJA que vocês todos conhecem .

Vários jornalistas, trabalharam essa associação depois por escrito, com grande sucesso. Foi um risco calculado, usar mesma técnica que Goebbels usou no seu filme ” O judeu eterno”, para convencer os alemães de que os judeus deveriam ser exterminados. Mesmo porque, não se trata da eliminação física dos nossos adversários ou dessa raça, como disse equivocadamente, o nosso amigo senador Bornhausen. Mas se trata, sem dúvida, de sua erradicação da política brasileira.

Outra associação importante foi com o conceito de “quadrilha.” Arnaldo Jabor foi muito eficaz quando escreveu que “com a eleição de Lula, uma quadrilha se enfiou no governo e desviou bilhões de dinheiro público para tomar o Estado e ficar no poder 20 anos. ” A própria palavra “petista” já está adquirindo uma conotação pejorativa. É, sem dúvida uma grande vitória na batalha pelas mentes e corações dos brasileiros… (interrupção por aplausos prolongados).

“Não importa se no final dos inquéritos em curso, não ficar provada corrupção no governo, ou que o dinheiro do mensalão não veio dos cofres do Estado, ou que a maioria dos esquemas de corrupção começou no governo anterior. Os jornalistas brasileiros agiram bem ao ignorarem formalismos como o da presunção da inocência ou o do direito à auto- imagem. E mais ainda ao cunharem…”


SE DESEJAR ler a íntegra do artigo, pode fazê-lo acessando o endereço http://correiodobrasil.cidadeinternet.com.br/noticia.asp?c=107737.

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