Trocão do PAC. Até que ponto os recursos federais vão influir no pleito de 2008? Mmmmm…
O assunto é tratado com delicadeza. Que é mais do que sutileza, convenhamos. Entre outras razões por que não seria o caso de fazer do trocão, quase R$ 130 milhões, uma questão política. Inclusive porque, e isso é verdadeiro, nunca antes a boca do monte recebeu tanto troco federal ao mesmo tempo.
Aliás, como disse o colega Vicente Bisogno, no programa Controle Geral, outro dia, os vários projetos Cura (nos governos de José Farret e, antes ainda, Osvaldo Nascimento – ambos no fim dos anos 70, início dos 80), que trouxeram significativas mudanças urbanas, somados não chegam a um terço do dinheiro destinado pelo Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), patrocinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Dito isto, porém, com leveza, ou nem tanto, é evidente que haverá, sim, algum tipo de interveniência do assunto no episódio eleitoral. E que poderá, claro, gerar dividendos ao candidato ligado ao PT. Se isso será decisivo ou não, se saberá apenas na noite de 5 de outubro do ano que vem. Mas não nos é dado direito à ingenuidade.
À oposição caberá responder, de alguma maneira. E haverá de encontra-la. Se com sucesso ou não, também a resposta não se tem agora. Ao governo, sempre não esquecendo o interesse público, que este é prioritário, haverá de tentar capitalizar eleitoralmente o fato.
Você acha que não? É? Então responda por que, na noite de anteontem, segunda-feira, o prefeito Valdeci Oliveira reuniu, num salão do Hotel Itaimbé, dirigentes e militantes graduados de todos os partidos que compõem a Frente Popular Trabalhista? Mmmm… E por que, na ocasião, fez a eles uma apresentação similar à realizada, horas antes, no Fórum das Entidades Empresariais? Que tal?
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