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Cooptação. Até Demóstenes, do DEM, chamado a entrar na nau lulista. Se não ele, outros irão

A política é uma, diante dos microfones e câmaras ou, se ainda existem, caderninhos de repórter de jornal. E outra, bem outra, quando o que se tem ao lado, ou à frente, é adversário – sem “bisbilhoteiros”. É assim em Brasília – como também é, não duvide, aqui mesmo na boca do monte.

 

Então, estamos combinados que o senador goiano Demóstenes Torres é um adversário e tanto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Inclusive porque pertence ao DEM, o mais feroz entre os partidos oposicionistas. É? É. Inclusive pela carga que faz sobre Renan Calheiros, presidente do Senado, do PMDB e parceiro do governo. Se bem que…

 

Pois é. Se bem que ele é um dos que está sendo assediados para deixar o demismo e ingressar no PRB. Hein? Isso mesmo, PRB – Partido Republicano Brasileiro. E no qual está alojado o atual Vice-Presidente da República, José Alencar.

 

E por que Demóstenes deixaria o DEM? Por razões regionais. Só por isso. Que ninguém pense aí em ideologia, que não é do que estamos tratando, e muito menos aqueles que, no governo, querem a adesão do senador goiano. Aliás, não só dele, mas de vários integrantes de siglas hoje oposicionistas. Tudo para deixar mais confortável a situação do presidente Lula no Senado – na Câmara, a maioria governista é pra lá de confortável.

 

Lula tem, diz-se, 44 votos no Senado. Precisaria 49 – nas contas presidenciais. Daí porque o assédio. Fora dos holofotes, claro. Mas suficientemente claro para ser captado por ouvidos e olhos bem apurados. É o que está acontecendo, a todo vapor, em Brasília.

 

Até pode ser que Demóstenes não seja cooptado. Mas, que ninguém duvide, o governo chegará ao número necessário. Com vários outros nomes mais, digamos, sensíveis. Tem poder para isso. Resta aos oposicionistas, muito justificada e legitimamente, berrar. É assim, também, que se faz política no Brasil.

 

PS. Deu para entender, de novo, porque sempre defendi aqui, como pressuposto para uma verdadeira reforma, o voto em listas partidárias? Pois é, agora não adianta chorar. Tem que agüentar. E mudar, no voto. Se quisermos.

 

SUGESTÕES DE LEITURA – confira aqui a nota“Planalto ‘assedia’ oito senadores do DEM e do PSDB”, publicada por Josias de Souza, da Folha de São Paulo.

Leia também o texto que publiquei aqui na última quinta-feira, dia 23: “Oposição? Base governista pode engordar no Senado. Há quem fale em 10 adesões. Até do DEM”

 

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