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Cadê o troco? Imagine greve do pessoal que arrecada impostos ou que vai atrás de sonegadores

O governo perdeu, com a rejeição da CPMF, estimados (inclusive no Orçamento) R$ 40 bilhões em receita. Como fazer para recuperar esse troco todo, que serviria pra muita coisa – inclusive para a Saúde, como previa a idéia original?

 

As duas alternativas colocadas publicamente no início do ano, pelas autoridades econômicas são, de um lado, cortes orçamentários – que devem atingir inclusive investimentos de outros poderes, além do Executivo, além das emendas parlamentares coletivas. E de outro o aumento de dois tributos: o IOF, sobre as transações financeiras (quem tem o cheque especial no vermelho paga, para ficar mais claro aos comuns mortais, este repórter incluído) e a CSLL, contribuição a ser devida pelos bancos.

 

Há uma restrição política muito bem localizada, na oposição ao governo. E que demandará embate, imagina-se, até mesmo na esfera jurídica. Sem falar em dificuldades (menores que a CPMF, pois agora não se trata de emenda à Constituição) que terão que supridas, olha aí, com nomeações bem ao estilo toma-lá-dá-cá.

 

No entanto, o grande enrosco está por vir de uma outra maneira. Graduados (e bem pagos, cá entre nós) servidores da Super-Receita estão pensando em entrar em greve. Vão decidir isso ao longo deste semestre. São eles os que trabalham na arrecadação tributária, entre outras atribuições. Se não estiverem em seus postos, inevitavelmente o troco se reduz.

E também outra categoria, da mesma forma bem paga (mas quem não quer ganhar mais?), articula uma paralisação, se não receber reajuste salarial. Trata-se da Advocacia Pública Federal, categoria que reúne defensores públicos federais, advogados da União, procuradores da Fazenda Nacional e procuradores federais.

Por mais que se pense, e se saiba, e este repórter entre eles, que todos esses profissionais estão entre os melhor remunerados do serviço público, é legítimo que tentem melhorar seus ganhos. E, do ponto de vista de quem está do outro lado, têm um poder de fogo que outras categorias (professores, por exemplo) nem sonham. Afinal, são eles que ajudam o governo a manter lotadas as burras cheias.

 

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui a reportagem “Greve à vista”, de Erich Decat e Eduardo Militão, no Congresso em Foco.

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