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Desapropriação da Casa de Saúde as caraminholas na cabeça do jornalista

O Prefeito Valdeci Oliveira está cumprindo uma promessa de campanha, e isso merece os devidos cumprimentos: no meio da tarde desta segunda-feira anunciou, e na manhã desta terça, aniversário de Santa Maria (e em homenagem a isso), vai assinar o decreto que transforma o hospital Casa de Saúde em “instituição de utilidade pública, para fins de desapropriação”.
      Desconsidere-se o fato de que a decisão foi antecipada porque havia a sensação muito forte de que, no segundo leilão da “CS”, marcado para quinta-feira, dia 19, deveria surgir pelo menos uma dupla de propostas de compra do estabelecimento tão caro a várias gerações de santa-marienses, e ainda assim há muitas dúvidas, as tais caraminholas, na cabeça deste jornalista.
      Vou democratizá-las. Você avalia e, se tiver respostas, por favor, encaminhe-as que darei a devida atenção. Vamos lá:
     
      1 – Por quanto (e por quem) será avaliada a Casa de Saúde e quem pagará a conta a ser saldada junto à Cooperativa da Viação Férrea, proprietária do Estabelecimento? E a Coopfer vai assistir tudo passivamente, quando se sabe que o hospital, aparentemente, é seu único bem tangível?
     
      2 – De onde sairão os recursos financeiros para fazer o pagamento, e em quanto tempo isso será feito? Será do Governo Federal, que bancará a Gestão Municipal Plena de Saúde? E será renovado o convênio com o Governo Estadual, que garante (mesmo que com atrasos dos quais sempre se reclama, com justiça) R$ 200 mil mensais à instituição? Até porque, como se sabe, o município não tem recursos para bancar a desapropriação. Ou tem?
     
      3 – Como será a nova Casa de Saúde, sob a administração municipalizada? Quem indenizará os funcionários? Estes talvez não saibam, mas, salvo melhor juízo ou uma resposta adequada, deverão ser demitidos, de maneira a que possam concorrer, em concurso, para permanecer no trabalho, uma vez que, como hospital público, não poderão ser contratados, exceto por prazo determinado e em caráter emergencial. Ou tudo isso está errado e eles poderão permanecer normalmente trabalhando? E como se dará a transição de uma situação para outra?
     
      Pode até parecer bobagem, mas as questões acima, as tais caraminholas, teimam em permanecer no cérebro do jornalista. Ou é apenas uma fantasia de crente, que, em recaídas ocasionais, este profissional apresenta? De repente, tudo será muito fácil. Mas isso não é, reconheço, perceptível neste momento. Eu (e a comunidade, imagino), embora feliz com esse desfecho, gostaria de ter essas respostas. Elas existem? E são boas? Ah, como eu gostaria que fossem, como gostaria… Para o bem de todos: funcionários, dirigentes, autoridades e, sobretudo, a sociedade. Ou não?

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