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Coluna Observatório: “Consulta popular. Popular?”

Diz a reportagem de A Razão, quinta-feira: “pouco mais de 100 pessoas participaram ontem, em Santa Maria, da assembléia municipal do Processo de Participação Popular e definiram as demandas que poderão ser priorizadas pela população da cidade no dia 10 de agosto, data da votação geral da Consulta Popular”.
      O texto fala por si. Quarta-feira, às 14h (momento em que, em tese, o alvo da assembléia, a comunidade, trabalha). Quantos poderiam comparecer? Poucos, certamente. E quem? Aposentados, quem sabe. Desempregados? Servidor público ocupante de cargo em comissão. Empresários com disponibilidade de tempo (até eles são raros, afinal trabalham também). E quem mais? Grupos de pressão dispensados do trabalho para votar. E rapidamente retornar. Se alguém disser que não é assim, fique à vontade. Acredita quem quer.
      Quanto a este colunista, dado o fato de que esta não é uma novidade – em anos anteriores foi assim, também -, prefere supor que não é proposital. Não, não deve ser. Afinal, Germano Rigotto é um democrata, e deve querer que a participação seja ampla. Assim como, imagina-se, o coordenador do PPP, o vice-governador Antônio Hohlfeldt.
      Diante disso, é até secundário que propostas que deveriam estar no Orçamento Corrente acabem priorizadas – e é outra discordância conceitual do jornalista. Tudo bem. Só que ninguém venha afirmar que a consulta é “popular”. Não, pelo menos não em Santa Maria.
      E nem adianta dizer que a votação final é em agosto. Afinal, o “povo” vai apenas referendar as propostas A, B ou C que “pouco mais de 100 pessoas” definiram. E ponto.

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