Arquivo

Assembléia desta terça é teste para a greve docente

A partir das 2 da tarde desta terça-feira, no auditório do Gulerpe, no Campus, acontece a primeira assembléia geral ampla dos docentes em greve na UFSM. Será, ainda que ninguém diga isso, um bom teste para o movimento paredista deflagrado há 10 dias.

A adesão ainda é restrita, por mais que os índices divulgados pelo Comando, semana passada (50%), possam demonstrar otimismo. Uma participação significativa – no mínimo os mesmos cerca de 140 que decidiram pela paralisação – pode oferecer um pouco de ânimo. Menos que isso, haverá a necessidade de repensar a estratégia dos docentes.

Atenção: isso não é informação, mas análise do jornalista, com base na observação visual do Campus e das dependências centrais da instituição, por olheiros desta página, e das conversas pessoais do profissional, mantidas com professores em greve ou não.

Hoje, por exemplo, surgiu a informação (oficialmente ainda não confirmada) de que encontros em Brasília, por parte das lideranças docentes, com autoridades do Ministério da Educação, indicariam a possibilidade de uma proposta do governo federal, com a incorporação parcial (50%)ao salário básico de pelo menos uma das gratificações hoje recebidas pelos professores. Até que sentiu-se algum entusiasmo, mesmo que a sugestão governamental, se aconteceu, tenha sido ainda menos que tímida. O pior: só a partir de janeiro de 2006. Isso, a se confirmar, é muito pouco, se observada a série de reivindicações apresentadas pelos grevistas (leia o conjunto de pedidos dos docentes, logo mais abaixo). Tudo isso será objeto, com certeza, de debate na assembléia.

Leia, a seguir, o material divulgado pela Assessoria de Comunicação do sindicato docente, em que trata da audiência havida com o reitor Paulo Sarkis, dentre outros temas:

Reitor chama Comando Docente para discutir a greve

A convite do reitor da UFSM, Paulo Sarkis, integrantes do Comando Local de Greve (CLG) dos docentes se reuniram na Reitoria na manhã desta segunda para tratar de diversas questões referentes à paralisação na UFSM. No encontro ocorrido no gabinete da Reitoria, além de Sarkis e dos professores representantes do CLG, estavam presentes o pró-reitor de Planejamento, Roberto da Luz Jr e o chefe de gabinete do reitor, Isaias Farret.
A pauta da reunião foi a utilização dos recursos financeiros destinados aos centros de ensino até o final do semestre e a realização de concursos para professores efetivos. Segundo Sarkis, essas são as duas preocupações da reitoria no contexto de greve, uma vez que o dinheiro que não for utilizado pelos centros será perdido. “Os centros estão muito atrasados em relação à utilização dos recursos”, enfatizou o reitor.
No que se refere aos concursos, Sarkis disse que os editais precisam ser publicados até o dia 10 de outubro e para que isso ocorra é necessário a homologação desse processo nos centros de ensino. O presidente da SEDUFSM, Carlos Pires, se comprometeu em levar essas observações para a Assembléia Geral que acontece nesta terça, 13, às 14h, no Auditório Gulerpe.
SUBSTITUTOS – A situação e o direito dos professores substitutos aderirem à greve foram questionados pelo professor Diorge Konrad, que expôs a opinião do sindicato de que esses docentes também têm direito a fazer paralisação. Conforme Sarkis, a reitoria não tem posição contrária aos professores substitutos entrarem em greve e ressaltou que não vê diferenças no segmento docente. Declarou ainda que nunca os professores desta categoria fora punidos por terem aderido à greve. Sua única preocupação é quanto aos professores que não podem mais renovar o contrato e que, desse modo, não teriam como recuperar as aulas não dadas.
A solução deste problema, para o reitor, seria conseguir uma verba extra nas negociações de fim de greve com o intuito de pagar os professores substitutos nos meses de recuperação das aulas.


O QUE QUEREM OS DOCENTES EM GREVE:

a) Reajuste de 18% como parte de recomposição salarial;
b) Incorporação da GED e da GEAD, com equiparação pelos seus valores mais altos e da GAE, com paridade e isonomia; c) Retomada dos anuênios;
d) Implementação imediata da classe especial e da classe de professor associado;
e) Abertura imediata da discussão em torno da carreira única para os docentes das IFE, envolvendo o MEC, o ANDES-SN e o SINASEFE, com definição de calendário de trabalho com prazo para conclusão que anteceda o 25º Congresso do ANDES-SN;
f) Realização de concursos públicos para reposição de todas as vagas nas IFES.

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo