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Vereadores aprovam no vapt-vupt projeto que permite nova localização para o Hospital Regional

Liminarmente, é preciso dizer que os vereadores fizeram bem. Agiram rapidamente, fizeram a mudança necessária para garantir o empreendimento (no caso, o Hospital Regional) e atenderam a uma reivindicação da comunidade. Tudo num único dia, esta quinta-feira. De manhã, uma audiência pública. Até às 3 da tarde, relatório pronto. Depois, aprovado na sessão ordinária e, em seguida, o projeto de alteração do Plano Diretor apreciado e votado. E, por fim, acordo de líderes, sessão extraordinária, e nova (como manda o regimento) votação, de novo com aprovação unânime.
Absolutamente nada a contestar. É assim que deve ser, quando o interesse da comunidade se sobrepõe. Mas há pelo menos uma questão curiosa. Tome-se o projeto da parceria entre Prefeitura e Cacism, para a construção do novo Centro de Eventos e a contrapartida, da entidade empresarial, com um parque municipal. Foram quaaaaaatro meses de discussão, uma discurseira absolutamente babosa, demagógica e sem sentido (exceto ganhar espaço na mídia, aliás generosamente concedido).

Uma audiência pública no próprio CDM para dar mais brilho. E, no fim, o mais opositor entre os opositores, sequer votou (tinha um compromisso em Curitiba, lembra?). E o projeto, como se supunha desde o início, só não teve apoio unânime, mas foi amplamente vitorioso, porque houve 2 votos contrários (contra 10). Seriam 3 (seriam mesmo?), se o que viajou votasse. O 11º era da presidente da Casa, que teve compromisso oficial na mesma hora, em Santa Maria (e o resultado já estava decidido).

A questão é: o que de objetivo resultou naquela lenga-lenga? Apenas um atraso nas obras do CE e, claro, na aquisição, pela Cacism, do local em que será edificado o Parque. E precisava? Não, definitivamente não. Exceto pela vontade de se ver na tela da tv, se ouvir no rádio e se ler nos jornais. Já o contribuinte… pfffffff!!!

Não precisava ser meteórico, como foi feito (e muito bem, alias) nessa mudança do Plano Diretor, aprovada no vapt-vupt. Mas a comunidade não precisava ter esperado tanto, quanto esperou, no caso da parceria. Mas, enfim, a democracia comporta tudo. Não é?

Sobre a votação desta quinta-feita, leia o material distribuído, no início da noite, pela Assessoria de Comunicação da Câmara de Vereadores:

“Vereadores aprovam alteração no Plano Diretor para construção do Hospital Regional

Em sessão extraordinária nesta quinta-feira, os vereadores aprovaram, por unanimidade, alteração no Plano Diretor (Lei de Uso e Ocupação do Solo), viabilizando a construção do hospital regional e de unidade da rede Sarah. Após a leitura do relatório feita pelo vereador Cláudio Rosa, relator da Comissão Especial, os vereadores realizaram a discussão do projeto. A Comissão Especial é composta também pelos vereadores Vilmar Galvão e Sérgio Cechin.

Na discussão do projeto, o vereador Jorge Pozzobom esclareceu a comunidade um fato determinante que ocorreu. Citou que foi feito estudo exaustivo na elaboração do Plano Diretor durante quatro anos, mas destacou que a alteração foi necessária para possibilitar a construção do Hospital Regional, obra que irá trazer inúmeros benefícios à comunidade. “Foi alterada a lei para construção do hospital. Não estamos alterando lei pra instalar casa ou prédio particular”, comentou. O vereador explicou as mudanças que irão ocorrer na lei e por que elas são necessárias. Pozzobom parabenizou a atitude do governo estadual em insistir na instalação do Hospital em Santa Maria.

O vereador Vilmar Galvão falou da importância do conjunto de leis do Plano Diretor, da participação da Câmara na elaboração do Plano e o estudo de impacto que as leis causam na população. De acordo com o vereador, matérias dessa natureza não causam grandes impactos, pois alteram interesses da população e não interesses privados. “Nem os vereadores, nem o Executivo alterarão leis que mexam com interesses particulares”, explicou o vereador.

O vereador Ovídio Mayer falou do empenho dos vereadores para a construção do Hospital Regional. Ele declarou que a área próxima à Tancredo Neves irá beneficiar as cidades da fronteira e de toda a zona oeste da cidade, como a Vila Caramelo, Boi Morto, Vila Rossi, Santa Marta.

O vereador Cláudio Rosa destacou que o Hospital Regional vai atender mais de 30 regiões, sendo de fundamental importância para melhora da qualidade de vida da população. “Fico feliz que nós tenhamos chegado a este momento de aprovação do projeto”, declarou, acrescentando que o Hospital será referência no Estado.

O vereador João Carlos Maciel disse que a construção do Hospital é uma vitória da população e do governador Germano Rigotto. Lembrou que a obra representa uma conquista para todos que lutaram pela viabilização deste empreendimento. Criticou aqueles que acusam o governador Rigotto de não ter feito nada por Santa Maria já que, graças ao Estado, o povo saiu vitorioso.

O vereador Tubias Calil afirmou que houve tentativas, por parte do governo federal, no princípio das discussões, de inviabilizar a construção do Hospital Regional e da unidade Sarah em Santa Maria. Destacou empenho do governo Germano Rigotto para construir as duas obras no município. “Santa Maria pode se tornar uma referência nacional”, ponderou. Lembrou que a jornalista Ana Amélia Lemos, em palestra durante a Semana da Câmara em 2005, ressaltou a importância do Sarah para Santa Maria. Sugeriu aos vereadores que encaminhem uma moção de congratulações a jornalista, a parabenizando por ter incentivado a vinda do hospital à cidade. Destacou o trabalho realizado pela comissão especial na análise dos projetos de alteração do plano diretor. Parabenizou a todos os vereadores e ao governador que, junto ao Secretário Osmar Terra, ajudaram e reafirmaram a necessidade do Hospital Regional ser construído em Santa Maria. “A cidade está de parabéns por esta conquista e todos aqueles que querem que Santa Maria seja uma cidade voltada ao desenvolvimento”.

O vereador Vilmar Galvão disse que o local onde o governo do Estado estava teimosamente querendo instalar o Hospital, inicialmente, não era o mais adequado. Destacou que o terreno próximo ao Distrito Industrial não tinha condições ambientais e a construção traria grandes custos com terraplanagem. Salientou que a Secretaria de Saúde do Estado estava querendo impor um local e tomou posição contrária a da comunidade. Disse que ficou comprovado por conhecimentos técnicos que aquele local não era adequado. “Pergunto se este local que está sendo discutido hoje é ou não é o mais adequado para a construção do Hospital”. O vereador destacou ainda que espera que, com estes recursos, não se fique só com a construção do prédio, mas que a instituição possa realmente atender a população de Santa Maria e região”. Comentou sobre a falta de financiamentos para os leitos da Casa de Saúde e Hospital Universitário. Falou da necessidade de uma política de saúde principalmente para os municípios da região que, ao invés de investir em seus sistemas de saúde, compram ambulâncias para transportar as pessoas para Santa Maria.

O vereador Isaías Romero lembrou do caos em que se encontra a saúde, por isso é muito importante que Santa Maria não tenha perdido essa obra. “Fico satisfeito porque é mais uma obra e mais um empreendimento para a cidade. Que essa obra se concretize. Tenho certeza que os que irão precisar deste Hospital ficarão gratos a todos que contribuíram para que esta obra não fosse embora”.

O projeto aprovado pelos vereadores altera dois terrenos selecionados pelo Governo do Estado para viabilizar o hospital, liberando a construção de prédios com até 13 metros de altura no terreno ao lado da Ulbra e no da BR-158, próximo a Cohab Tancredo Neves. Nestes casos, a alteração da Lei de Uso e Ocupação do Solo – que faz parte do conjunto de leis que formam o Plano Diretor – é destinada exclusivamente para a construção do Hospital Regional.
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