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Em 2002, os forasteiros tomam conta dos votos para deputado federal em Santa Maria. E agora?

Santa-mariense não gosta mesmo de votar em santa-mariense. Genericamente falando, claro. Ou há outra explicação para a maior parte, mas a maior parte meeeeesmo, dos votos locais serem destinados a candidatos forasteiros? Bem, deve haver, talvez. No entanto, o fato é que, em 2002, na última eleição, mais de 20% dos votos daqui foram oferecidos a concorrentes a deputado federal não-santa-marienses. É o que mostra levantamento feito pelo jornalista Thiago Buzatto, em reportagem que o jornal A Razão publica nesta sexta-feira. Uma seqüência, aliás, do material publicado na quinta, sobre o pleito para a Assembléia Legislativa.

Nada menos que 26 dos 31 deputados federais eleitos em 2002 fizeram, em Santa Maria, mais de 100 votos. O número é, em si mesmo, eloqüente. E, será que vai se repetir em 2006? Não há, lamentavelmente, nenhum indicador que forneça subsídio diferente. Leia, a seguir, trecho da reportagem e confira:

”2002 foi o ano dos “estrangeiros”
na disputa à Câmara Federal

Deputados federais de outras regiões eleitos no último pleito fizeram 21,63% dos votos válidos

Quinto maior colégio eleitoral do Estado (184487 eleitores), Santa Maria é mesmo um prato cheio para os candidatos de fora da Região Central. Para deputado estadual, como mostrado na reportagem veiculada na edição de ontem do jornal A Razão, mais de 10% dos votos do município foram destinados para candidatos de fora da região nos pleitos de 1998 e 2002.

Se a situação dos candidatos locais à Assembléia Legislativa já é difícil, para a Câmara dos Deputados é ainda pior. Em 2002, o número de votos destinados a candidatos egressos de outras regiões foi equivalente a 21,63% dos votos válidos, ou seja, 28.611. Se comparado a 1998, onde candidatos eleitos “estrangeiros” levaram apenas 7,15 %, a evasão foi 33% maior.

Um exemplo que mostra como os candidatos santa-marienses são prejudicados é o ex-deputado federal Marcos Rolim (PT), que foi o quarto suplente da coligação petista. Se Rolim tivesse herdado parte dos votos destinados aos candidatos de fora de Santa Maria e os da legenda do PT (3.766) poderia ter alcançado a reeleição (fez 58.893 votos, 14.384 a menos do que Ary Vanazzi, último candidato eleito pela Frente Popular). A queda fez com que o número de eleitos da região, que em 1998 foram quatro, caíssem pela metade.

Sem candidatos santa-marienses concorrendo, os seis postulantes progressistas que se elegeram levaram 11.088 dos votos de 2002, ou 8,38% do total de votos válidos do município. Os candidatos do PP também haviam arrecadado apenas 2,84% (4.265), número inferior justificado pela candidatura de Pedro Cardoso Prola (PP), que atingiu 5033 votos. No último pleito foram 26 deputados eleitos que fizeram mais de 100 votos em Santa Maria. Apenas quatro dos eleitos não tiveram apoio expressivo. O “estrangeiro” campeão de votos foi o progressista José Otávio Germano, que alcançou 3.806, mais do que os 2.461 atingidos pela santa-mariense Ana Lélia Beltrame (PSB). Em 1998, haviam sido 20 “estrangeiros” que ultrapassaram a barreira dos 100 votos santa-marienses, enquanto oito deles não conseguiram, inclusive o então candidato a deputado federal Germano Rigotto, que…”


SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, inclusive com os números de todos os deputados federais que mais fizeram votos em Santa Maria, pode fazê-lo acessando a página do jornal na internet, no endereço www.arazao.com.br, ou na versão impressa, nas bancas nas primeiras horas desta sexta-feira.

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