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Se comprador depositar U$ 75 milhões até sexta, Varig terá sido vendida. Foi a decisão da Justiça

O juiz da 8ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, Luiz Roberto Ayoub, decidiu homologar, nesta segunda-feira, a venda da Varig para o Trabalhadores do Grupo Varig (TGV), o único a ter apresentado proposta pela empresa, na segunda fase do leilão realizado no dia 8 deste mês. Segundo o magistrado, que é administrador do processo de recuperação judicial da empresa, foram-lhe dadas garantias que permitiram a aceitação da proposta que, somada, alcança cerca de R$ 1 bilhão.

De todo modo, a venda propriamente dita somente se configurará com o pagamento do sinal, U$ 75 milhões (algo como R$ 175 milhões), até a próxima sexta, dia 23. E, por enquanto, o juiz não autorizou que o TGV assuma de imediato a administração da Varig.

Li várias notas acerca da decisão do juiz, na internet, ao longo da noite desta segunda-feira. E não percebi, em quaisquer delas, muita confiança no resultado. Isto é, ao que tudo indica, os analistas estão fazendo mais ou menos como Luiz Roberto Ayoub: esperando para ver. De todo modo, novos vôos estão sendo cancelados e há ainda o problema crucial do arresto de bens (aviões) da companhia nos Estados Unidos, ainda pendentes de uma solução.

O que não impede, porém, que o representante do TGV exponha alguns planos imediatos para a Varig, inclusive a decisão de buscar executivos de fora da empresa, para geri-la, além da preferência por manter apenas linhas rentáveis, sejam nacionais ou internacionais.

A propósito, leia notícia divulgada pela Agência Estado, assinada pela repóter Mônica Ciarelli e que, muito provavelmente, está em todos os grandes jornais brasileiros nesta terça-feira:

”TGV negociará plano de contingência com administração da Varig
O executivo do TGV disse que o plano de contingência priorizará rotas rentáveis, tanto no mercado doméstico, como no internacional

O coordenador da entidade Trabalhadores do Grupo Varig (TGV), Márcio Marsillac, afirmou que amanhã cedo (nesta terça) negociará com a atual administração da Varig um plano de contingência para manter a companhia aérea operando. Segundo ele, as ameaças de arresto de aviões por conta dos problemas enfrentados com as empresas de leasing deixam a Varig numa situação muito delicada. A proposta que será apresentada prevê que, da atual frota de 49 aeronaves em operação, 19 aviões que estão sob ameaça de arresto sejam mantidos no solo. “É fundamental que a atual administração da Varig interaja com o TGV.”

O executivo do TGV disse que o plano de contingência priorizará rotas rentáveis, tanto no mercado doméstico, como no internacional. Ele informou ainda que a BR Distribuidora prorrogou por mais 24 horas o fornecimento de combustível à Varig, uma das principais preocupação da empresa hoje. “Não sei por que tanto estresse, se a Varig não tem dívida extra-concursais com a BR”, reclamou Marsillac, ao afirmar que a distribuidora vem pressionando diariamente a companhia aérea por causa das dívidas de fornecimento de combustível.

Marsillac informou que chegou a pedir ao juiz da 8ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, Luiz Roberto Ayoub, que após a homologação da compra da empresa pelo TGV, o grupo pudesse assumir imediatamente a administração da companhia aérea. Entretanto, o juiz não acatou o pedido e o TGV só poderá assumir a gestão da Varig após o depósito de US$ 75 milhões.

Conforme Marsillac, a nova administração da Varig já está definida, mas não quis revelar nomes. O executivo disse que os membros da nova administração não virão do quadro da Varig, ao contrário, serão executivos experientes de mercado. “Não vamos colocar técnicos da Varig para administrar.”

Marsillac fez duras críticas à postura do governo federal durante a crise da Varig. Segundo ele, o governo “tem um discurso preocupado mas uma postura omissa” no processo de recuperação da empresa. Ele disse que tentará amanhã uma audiência na Casa Civil para tratar da recuperação da companhia.

Proposta aceita

Hoje (nesta segunda-feira)a Justiça homologou a proposta apresentada pelo TGV no leilão da Varig realizado no dia 8 de junho. De acordo com o juiz da 8ª Vara Empresarial, Luiz Roberto Ayoub, que cuida da recuperação judicial da Varig, o TGV prestou os esclarecimentos necessários. O grupo ofereceu US$ 449 milhões pelas operações domésticas e internacionais da companhia aérea no leilão judicial. Ayoub informou ainda que o TGV tem até a próxima sexta-feira, dia 23, para depositar o sinal de US$ 75 milhões, previsto no edital de venda da companhia.

O TGV foi o único grupo que…”


SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página da Agência Estado na internet, no endereço http://www.estadao.com.br/ultimas/economia/noticias/.

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