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Varig. Nesta segunda, novo capítulo da agonia

Interessados na compra da Varig, os representantes da Varig Log, ex-subsidiária da própria companhia, têm encontro nesta segunda-feira com o juiz Luiz Roberto Ayub, da 8ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro e presidente do processo de recuperação judicial da empresa gaúcha.

Havia uma expectativa, e até informações nesse sentido, que neste início de semana aconteceria uma assembléia de credores, exatamente para avaliar a proposta feita pela suposta compradora. Houve problemas com a dita proposta, tanto que se chegou a imaginar a possibilidade de, ainda na sexta-feira, ser decretada a falência da pioneira da aviação comercial brasileira.

Agora, não se sabe se haverá sequer a assembléia de credores, quanto mais a realização de um novo leilão, para sacramentar a venda. Há dúvidas sobre a composição dos recursos da proposta da possível compradora – que, como noticia o “Invertia”, canal de economia do portal Terra, citando inclusive a Agência Brasil, pode propor alterações.

Definitivamente, não têm sido fáceis os dias para quem vive a Varig – sejam os clientes ou funcionários. E já vai longe o 7 de maio de 1927, quando o alemão Otto Ernst Meyer fundou a Viação Aérea Riograndense, fazendo a primeira rota, de 270 quilômetros, ligando Porto Alegre a Rio Grande, passando por Pelotas.

Anos depois, a empresa acabaria sendo controlada pela fundação dos funcionários e viveu períodos de fausto (especialmente pelo monopólio dos vôos internacionis) até que, com a abertura de mercado, ainda no governo de Fernando Collor, no início dos anos 90, começou o declínio. E, neste 10 de julho, o impasse se dá entre uma possível proposta de venda e a falência. A reunião entre o juiz e os representantes da Varig e da Varig Log pode, quem sabe, ainda oferecer uma luz.

Enquanto isso, leia reportagem do portal Terra, que fala da possibilidade de mudanças na proposta para a compra da companhia gaúcha:

”Varig Log pode alterar proposta para novo leilão da Varig

O diretor Marcelo Gomes, da empresa Alvarez & Marsal, que faz a reestruturação financeira da Varig, afirmou hoje que a Varig Log tem condições de alterar a proposta de compra da companhia aérea para que a Justiça convoque o mais rápido possível a assembléia de credores para aprovar um novo leilão da empresa.

Segundo Gomes, o relatório apresentado pela Deloitte, administradora judicial da Varig, não se posiciona contra a proposta da Varig Log, ex-subsidiária da Varig, atualmente sob controle da Volo do Brasil.

“O relatório da Deloitte foi apenas para informar que algumas coisas deveriam ser alteradas na proposta da Varig Log para enquadramento na lei. Não existe opinião contra. Existe opinião para que seja enquadrada uma proposta dentro da lei”, analisou.

Gomes mantém a expectativa positiva em relação à realização de um novo leilão judicial. Um dos pontos questionados pela Deloitte na proposta diz respeito ao preço mínimo sugerido para o leilão – de R$ 277 milhões. Destacou, porém, que sobre esse valor, que corresponde ao desembolso de dinheiro novo, têm que ser somadas duas coisas.

“A Varig Log está assumindo o passivo referente ao programa de milhagem Smiles, estimado em aproximadamente R$ 70 milhões. Ela está assumindo também o passivo referente a transportes a executar, isto é, passagens que foram emitidas que a Varig Log vai honrar. Esse passivo está estimado em algo em torno de R$ 500 milhões”, disse o executivo. Os dados estão contidos no balanço da Varig.

Marcelo Gomes reiterou que esse passivo será assumido pela Varig Log. “Isso aí é um valor que se soma ao valor da companhia”. Incluindo o preço mínimo no leilão, o total atinge cerca de R$ 850 milhões.

“Na hora em que você assume o passivo, você vai ter que pagar. Eu tenho que honrar o…”


SE DESEJAR ler mais reportagens sobre a situação atual da Varig, inclusive um histórico da empresa, pode fazê-lo acessando a página de economia do Portal Terra na internet, no endereço http://br.invertia.com/canales/.

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