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Análise. A Alckmin só resta esperar um milagre

Divulgada a pesquisa Datafolha que mantém, dentro da margem de erro, inalterado o quadro de intenção de voto para a Presidência da República, os observadores privilegiados da política nacional, no centro do País, também se repetem. Afinal, a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva, mais que provável, é agora virtual. E restam apenas 18 dias para o pleito, e apenas sete dias de campanha gratuita no rádio e na tv.

Dentre os comentaristas que li, o único que ainda buscou informações adicionais para embasar a sua opinião foi Josias de Souza, da Folha de São Paulo. Ele trouxe dados sobre um “milagre” já perpetrado por Geraldo Alckmin, do PSDB, o mais próximo seguidor de Lula. Mas fez referências especiais sobre o fato acontecido há quatro anos. Que tornam dura a vida do tucano. Leia você mesmo:

”Histórico das eleições conspira contra Alckmin

Geraldo “Chuchumbo” Alckmin anda tão ocupado em salvar a própria candidatura que já não tem tempo de ser realista. A 18 dias do primeiro turno da eleição, o Datafolha voltou a atestar o favoritismo de Lula (50%). Mas Alckmin (28%) segue afirmando que confia numa “virada”.

“A campanha só começa quando muda o horário da novela”, dizia Alckmin no início da campanha. Veio a propaganda eleitoral. E nada. “O quadro vai mudar depois do dia do desfile”, passou a dizer “Chuchumbo”. Cresceu muito pouco. E não exibiu potencial para roubou votos de Lula. Agora, vem a pregação da “virada” final.

Milagres eleitorais acontecem. Alckmin sabe disso. Em agosto de 2002, quando disputava o governo de São Paulo, o tucano freqüentava as pesquisas com índices de 24%. Paulo Maluf, seu adversário de então, tinha 40%.

Na segunda quinzena de setembro daquele ano, a duas semanas do término do horário eleitoral, Alckmin ultrapassou Maluf em 2 pontos. Uma semana depois, a diferença subiu para 4 pontos. No final da campanha, Maluf havia sido ultrapassado em 17 pontos. E Alckmin elegeu-se governador.

Há, porém, um detalhe que desaconselha otimismo. Não há registro de mudanças bruscas na reta final das eleições presidenciais. O histórico demonstra que costuma levar a faixa o candidato que já estava na frente nas pesquisas quando teve início a propaganda no rádio e na TV.

Foi assim com Fernando Collor, em 1989. Idem com Fernando Henrique Cardoso, em 1998; ibidem com Lula, em 2002. Desde que foram restabelecidas as eleições diretas, houve um único caso em que o candidato favorito foi batido nas urnas. Deu-se com Lula, em 1994. Atrás nas pesquisas, FHC ultrapassou Lula em julho daquele ano antes mesmo do início da publicidade de campanha.

A virada teve, porém, uma motivação peculiar. FHC cavalgava o prestígio do Plano Real, cujo êxito motivara sua saída da pasta da Fazenda, sob Itamar Franco, para aventurar-se no pleito presidencial. Alckmin, além de não ter nenhuma arma secreta no bolso do colete, enfrenta um adversário que, a exemplo do…”


SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página do jornalista na internet, no endereço http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/

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