Observatório. A seção “Não custa lembrar”

Eleições diferentes, mas basta um descuido e…

Em 16 de setembro de 2000:

“Faltam duas semanas para a eleição. Não é hora mais para brincadeira, diria aquele veterano político. Ou, por outra, não há mais momento para vacilações. Ou, numa terceira variante, a ninguém mais é dado o direito de errar. Se isso acontecer, não há mais como recuperar-se e a derrota será inevitável.
Por isso, partidos e alianças tomam as atitudes definitivas em relação à campanha e aos seus adversários. Essa é a hora em que se desenham as últimas atitudes a serem tomadas na busca do voto do eleitor. E o horário eleitoral gratuito é o grande espelho do que pensam os candidatos. Através dele, é possível saber o que, por exemplo, decidiram em relação aos seus concorrentes.”

Hoje:

“Os inimigos foram escolhidos”. Esse o título da nota de abertura da coluna há exatos seis anos. Então, como agora, estava-se às vésperas da eleição. Apenas que, na ocasião, para a Prefeitura. Agora, em nível estadual e nacional, você pode perceber, o raciocínio ainda vale. Não é dado o direito aos candidatos ao Piratini, e ao Planalto, errar. Especialmente aos concorrentes que se encontram à frente das pesquisas.
Eis, aliás, a única provável diferença. Em 2000, ao contrário de 2006, não havia favoritos tão destacados – notadamente para a Presidência. Mas, qualquer que seja o concorrente, um descuito e puff, se foram as chances de vitória já. Ou de chegar-se a um segundo turno.