O debate final 8. Ninguém vai ganhar ou perder, em função do desempenho na tela da Globo

Não foi no último bloco que o debate da Globo esquentou mesmo. Se bem que, afinal de contas, o que queríamos? Que eles se soqueassem? Não, são civilizados. Que se agredissem verbalmente? Pra quê, se um não tem o direito de se perder, porque está praticamente eleito, e o outro necessita manter a imagem de homem íntegro, educado e viável, para garantir o futuro político?

Pessoalmente, acho que Alckmin, do ponto de vista argumentativo, foi melhor. Não muito, mas melhor. Colocou um tantinho de vinagre no chuchu. Mas um pouquinho de azeite de oliva ajudaria. E sal, também. Quer dizer, tornou-se palatável. Mas nada que alguém pretenda comprar espontaneamente no supermercado.

Lula, por seu turno, só tinha a perder. E até poderia perder. Desde que de pouco. Portanto, o fato de ter ido um pouquinho pior, mas só um golzinho (torcedores de um lado e de outro podem pensar diferente, é do jogo), não lhe tira o título. Logo, deve sair satisfeito dos estúdios da Globo. Se perder a eleição, o que é improvável, não poderá dizer que foi por causa desse debate. Qualquer outra explicação, exceto essa, poderá ser aceita.

Agora? Bem, agora é com você, eleitor. E ninguém mais. Ah, mas toma atenção para tento para alguma surpresa de última hora. Avalie bem. Não aceite a primeira notícia. Argumente. Exija resposta. E cuidado: o que não falta é quem queira turvar o processo. Certo? Bom voto!