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Outra análise. Desempenho de Alckmin foi bom. Mas chegou tarde para conseguir virar a eleição

A colunista Tereza Cruvinel, do jornal O Globo ao contrário de Ricardo Noblat, por exemplo, e da grande maioria dos observadores do debate do SBT, foi uma das poucas pessoas que atuam na imprensa a entender que o desempenho de Geraldo Alckmin, se não foi superior esteve perto disso, foi muito bom – diante de seu oponente (e favorito à vitória no pleito) Luiz Inácio Lula da Silva.

Não é, assim, uma Brastemp, mas que foi bem, foi. No entanto, deveria, para garantir alguma chance de vitória, ter sido no início do segundo turno, e não agora, a poucos dias do final. Curiosamente, na sua avaliação do confronto televisivo do SBT, Tereza anota, afora os pontos positivos no desempenho de Alckmin, também momentos muito bons de Lula. O que passou a impressão, ao menos a mim, que ela tentou agradar a gregos e troianos. Isto é, realçou a atuação do tucano, mas não desconsiderou o petista. E aí virou, bem, uma tucana, no sentido de ficar em cima do muro.

Estarei eu errado? Entendi mal o que a boa (gosto dela) profissional d’O Globo escreveu? Quem sabe você mesmo lê e tira a conclusão que lhe parecer a mais adequada? Hein? Confira:

”Alckmin muda (e acerta) o tom

… A meu ver, Alckmin adotou uma tática eficiente, a de fazer perguntas quando era sua vez de fazer replica. Se estava comentando luz no campo, perguntava quanto o outro fez de irrigação. E Lula ficava sem poder responder, porque não tinha mais tempo para isso. Funcionou, Lula reclamou mas Ana Paula Padrão informou que ele podia usar o tempo como quisesse.

Pontos altos de um e de outro:


Alckmin:

– cobranças sobre a saúde, tanto sobre a qualidade como sobre a não aplicação da emenda 29. Lula desfiou muitos dados positivos mas efetivamente não respondeu sobre a tal emenda, que fixa um gasto crescente com o setor. Em seu Governo os gastos cresceram mas teriam de crescer mais um bilhão de reais se a emenda fosse corretamente aplicada.
– Cobranças sobre irrigação. Não é um assunto que diz respeito a muita gente mas Lula não respondeu, não tinha os dados, talvez, ou seu Governo não fez nada mesmo.
– a resposta finalmente correta sobre o tema das privatizações. Finalmente disse que se precisar fará mas que não tem planos e não pode aceitar acusações mentirosas.
– Suas considerações finais, num elevado, dizendo “isso está errado” em relação a muitos problemas do Governo atual. Retomou o discurso do gerente eficiente mas numa linguagem mais objetiva, compreensível e tocando nas questões concretas.
– O tratamento correto adotado em relação a Lula: candidato. Não o tratou reverentemente de presidente mas deixou de lado o tratamento que soou desrespeitoso do outro debate.

Lula:

1. Quando pespegou em Alckmin o rótulo de colonziado, por lhe perguntar a posiçao do Brasil no ranking da revista The Economist.
2. Por aproveitar todos as oportunidades para falar do que melhorou para o povo: comida mais barata, salário mínimo maior, inflação sobre controle etc.
3. Quando cobrou sobre os planos do adversário de cortar drasticamente os gastos.
4. A tática de se referir sempre ao “governo de vocês”. Alckmin não é FH mas a pecha ficou.
5. Suas considerações finais, também muito eficientes, apelando aos eleitores para pensem sobre o que tem acontecido de bom em seu Governo. Isso funciona, até porque está sempre afirmando que as pessoas estão mais felizes.

Tenho a impressão – em debate o que conta é a percepção do telespectador, a nossa análise de pouco vale nesta hora – de que este debate poderia ter favorecido Alckmin se tivesse ocorrido, nestes termpos, mais no…”

SE DESEJAR ler a íntegra do texto, pode fazê-lo acessando a página da jornalista na internet, no endereço http://oglobo.globo.com/blogs/tereza/.

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