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Parlamento. Partidos maiores ficam menores (mas nem tanto) nas Assembléias Legislativas

Tirando o PMDB, um partido “sem identidade”, segundo um cientista político, que ganhou um deputado, todos os outros integrantes do quarteto de ouro da política nacional viram suas bancadas encolherem nas Assembléias Legislativas.

O PT foi o que mais perdeu, seguido de perto por PFL e PSDB, em relação ao pleito de 2002. No entanto, ainda são, loooonge, as agremiações dominantes nos parlamentos nacionais. Quem ganhou com a perda dos grandões? Obviamente, os minúsculos. Ainda assim, foram votos dispersos.

No caso do Rio Grande do Sul, especificamente, esse fenômeno foi praticamente irrelevante. Fora um movimento aqui, outro ali, são as principais siglas desde sempre as que continuam a dominar a Assembléia Legislativa. A propósito da redução relativa da influência das grandes agremiações partidárias, o jornal Folha de São Paulo publica, nesta segunda-feira, reportagem assinada por Thiago Reis e João Carlos Magalhães. É esse trabalho, divulgado também no braço de internet do jornalão paulista, que passo a reproduzir:

”Nanicos crescem e encolhem bancadas de PT, PSDB e PFL

Dez partidos considerados nanicos ganharam, nestas eleições, 64 cadeiras a mais do que possuem hoje nas Assembléias Legislativas do país, encolhendo as bancadas das grandes legendas (PT, PSDB e PFL). Só o PMDB ganhou um deputado e foi para 166.

Dentre os grandes, o PT foi o partido que mais perdeu vagas nos Legislativos estaduais: 12. Hoje, tem 138 parlamentares. Em 2007, terá 126. O PFL perdeu sete (de 126 para 119); o PSDB, três (de 151 para 148).

Os dez partidos que ampliaram seus representantes por todo o país são PRP, PTN, PAN, PT do B, PHS, PRTB, PSC, PSDC, PTC e PV.

Para o analista político Marco Antonio Teixeira, da FGV-SP (Fundação Getúlio Vargas), uma das principais causas para a votação expressiva nos partidos nanicos foi o esforço deles em romper a cláusula de barreira. “Houve uma priorização no sentido de tentar fazer o maior número de parlamentares possível para sobreviver.”

Segundo ele, no entanto, houve também os “puxadores de votos”. Ele cita o caso de Fernando Gabeira (PV), que foi o deputado federal mais bem votado do Rio, mas que pediu e conseguiu votos para deputados estaduais de São Paulo.

O PV, aliás, foi o que mais cresceu entre os partidos pequenos. Ganhou 20 novos deputados estaduais em dez Estados. Em sete deles, o partido não possui nem sequer um representante hoje.

“Houve uma campanha ostensiva para aumentar o voto na legenda. Além disso, muita gente ficou órfã da esquerda, decepcionada com o que o PT fez. É normal que os votos da centro-esquerda migrem para o PV”, diz o cientista social Claudio Couto, da PUC-SP. Os dois concordam ainda que os últimos escândalos afetaram de fato os grandes partidos.

“O mensalão, os sanguessugas e a não-cassação dos parlamentares contribuem para um desgaste muito grande da classe política. Quem tende a ser mais atingido por esse tipo de coisa são os partidos de maior visibilidade”, diz Couto.

O PMDB foi o único que quase manteve o número de deputados estaduais – ganhou um. Para Teixeira, isso ocorreu porque o partido não tem “identidade”. “Não dá para saber onde ele 酔


SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, e outros textos sobre o assunto, pode fazê-lo acessando a página de “Brasil” do portal da Folha Online, no endereço http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/

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