Arquivo

Segundo mandato. As razões que levam Lula a chamar o PMDB têm o cheiro da conveniência

De um lado, há o PMDB, aquele partido que é uma colcha de retalhos regionalizada. E que pode continuar assim mesmo, não ser governo nem oposição, e/ou ser as duas coisas ao mesmo tempo, ao sabor dos interesses políticos-pessoais. Ou então, e é o que provavelmente vai acontecer, segundo todos os indícios, de repente descobre que não tem saída e será (quase) totalmente governista.

De outro lado, Lula , mais, bem mais que o próprio PT. E que, renovado o mandato, sabe que não poderá mais conviver apenas com as pequenas siglas, que mais que ajudar o governo, chantageiam fisiologicamente. A saída? A única possível: atrair o PMDB como um todo, ou quase isso. E com um preço bem mais que razoável: a coalizão tão falada, que significaria um naco importante do poder.

Quem trata disso com bastante clarividência, explicando as razões por que se está a caminho de um casamento da mais evidente (nem por isso necessariamente danosa) conveniência, é o comentarista da TV Bandeirantes, Franklin Martins. Quer ver? Confira:

”Lula e o PMDB, um casamento de conveniência

Salvo um espetacular e inesperado acidente de percurso, nas próximas semanas Lula e o PMDB devem acertar os ponteiros para a formação de um governo de coalizão. Pelo menos, é essa a avaliação predominante nos dois lados. Ainda há muitas questões em aberto: quem levará a noiva ao altar? Que dote selará a aliança nupcial? Qual o grau de fidelidade a ser exigido na relação conjugal? Mas, apesar das zonas de incertezas, poucos duvidam: desta vez, o casório sai.

Como todo casamento de conveniência, sairá porque interessa às duas partes. Interessa a Lula, porque, como já se disse diversas vezes aqui, ele finalmente descobriu que nem só de voto na urna e popularidade nas ruas vive um presidente. Para ter um mínimo de paz e sossego e, portanto, poder trabalhar, ele precisa também de maioria parlamentar. E, no caso de Lula, o melhor caminho para construir essa maioria num Congresso fragmentado como o atual é o de uma aliança entre o PT e os partidos de esquerda, de um lado, e o PMDB, de outro. De cara, isso daria ao governo, com as defecções de praxe, cerca de 200 votos na Câmara e 35 no Senado. Ainda não seria o bastante para garantir a maioria nas duas casas, mas chegaria perto. Facilitaria a atração de outras legendas e diminuiria o custo do varejão.

Mas o casamento de conveniência interessa muito ao PMDB também – e não apenas pelos cargos e posições na máquina governamental a serem ocupados. A expressiva votação de Lula e o fracasso eleitoral de Alckmin enfraqueceram bastante a ala do partido que flertava com uma aproximação com os tucanos. A curto prazo, essa alternativa…”


SE DESEJAR ler a íntegra da notícia, pode fazê-lo acessando a página do jornalista na internet, no endereço http://www.franklinmartins.com.br/post.php?titulo=lula-e-pmdb-um-casamento-de-conveniencia.

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo