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Conselho Político. Enfim, reunião produtiva entre Lula e seus aliados. Será sempre assim?

Dado o retrospecto desse tipo de iniciativa, em qualquer nível de executivo que se analise, é óbvia a desconfiança explicitada no título desta nota. Ainda mais que há peculiaridades que não podem ser esquecidas. Uma delas, PT e PMDB, os maiores partidos da coalizão proposta por Luiz Inácio Lula da Silva, até prova em contrário, olham desconfiados um para o outro, e vice-versa. Outra é a disparidade ideológica (sim, eu ainda acredito nisso – talvez porque não tenha 60 anos, para lembrar fala recente do Presidente). Há evidentes diferenças, por exemplo, entre o próprio PMDB (qualquer que seja ele) e o PT em relação, digamos, ao PP e ao PTB, para ficar em apenas duas duplas.

No entanto, e apesar de tudo isso, há que se lembrar que pelo menos se discutiu objetivamente algumas coisas, no tete-a-tete do Palácio do Planalto. E, ao mesmo tempo em que as agremiações saíram com tarefas concretas, como propor projetos de reformas tributária e política, o próprio Lula afirmou que, antes de apresentar ao Congresso, os partidos terão acesso às propostas de um pacote econômico tendente a reduzir gastos, da mesma forma que sirva de indutor do desenvolvimento. Afinal, o Presidente ainda não deu mostras de que mudou de idéia acerca do crescimento do Produto Interno Bruto em 5% ao ano, durante os quatro que terá de segundo mandato.

Assim, pode-se desqualificar (sempre é possível) o encontro de um grupo de aliados tão diferentes. Mas não a reunião em si. Aliás, quem fala com propriedade a respeito é o comentarista político Etevaldo Dias, de cuja página na internet retirei as observações abaixo, na íntegra. Acompanhe:

”Lula estréia um novo relacionamento com partidos aliados

A primeira reunião do governo de coalizão conseguiu ir além da fotografia, ao incumbir os representantes partidários de preparar subsídios para as reformas política e tributária a serem debatidas pelo Congresso.

Na segunda reunião, os partidos vão tomar conhecimento do pacote de medidas pró-crescimento. A dinâmica desse Conselho Político é um grande desafio, tanto para os partidos que o compõem quanto para o governo, guardadas as devidas proporções.

São nove os partidos que passam a se sentar com o presidente Lula, com a aceitação, já nesta semana, da participação de PP e PTB, que não constaram do primeiro convite. Dissolve-se, assim, a questionável distinção entre aliados, com todos fazendo parte do conselho, pagando-se o preço de uma estrutura mais pesada.

A discussão das propostas do Executivo de caráter legislativo e a submissão delas ao crivo do Conselho vão exigir, tanto do governo quanto dos partidos, uma inusitada mobilidade.

É o caso das reformas. Para tratar da reforma política, os representantes partidários vão buscar o entendimento com suas bancadas, às quais devem se somar governadores e prefeitos na discussão tributária. Tudo isso para levar um posicionamento ao Conselho, onde seria buscada a conciliação de projetos.

Não deve ser o caso do pacote de medidas econômicas, que vai ser apresentado aos partidos na semana que vem. Se…”


SE DESEJAR ler a íntegra do texto, pode fazê-lo acessando o blog do jornalista Etevaldo Dias na internet, no endereço http://blogdoet.blig.ig.com.br/.

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