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Advogados. Futuro presidente da OAB nacional não economiza verbo. E sobra até para os juizes

O sergipano Cezar Britto é o atual Secretário Geral do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. Em chapa única, ascende à presidência da OAB no dia 1º de fevereiro. Vai liderar um contingente de 600 mil profissionais de uma instituição brasileira, presente em quase mil municípios dos 27 estados do País.

Na entrevista que reproduzo abaixo, concedida ao repórter Edson Sardinha, do site especializado “Congresso em Foco”, este advogado oriundo dos chamados “movimentos sociais”, que é sobrinho de um ministro do Supremo Tribunal Federal, declara ser, entre outras de suas idéias, um defensor da tese de que a Ordem precisa dar um estímulo maior à participação dos órgãos de controle de políticas públicas, inclusive os conselhos tutelares – para exemplificar.

Mas o novo líder dos advogados brasileiros, que também é o mais jovem a ocupar o cargo mais importante da categoria, também mostra que não economiza o verbo. E o utiliza como arma, e das mais abrangentes, quase uma metralhadora. E mira, inclusive, a magistratura e o próprio Judiciáio. Não é pouca coisa, acredite. Para saber mais, leia o texto do CF, a seguir:

”Justiça burocrática
Para o futuro presidente da Ordem, magistrados viraram burocratas bem remunerados e desconhecem a realidade da região em que atuam

Os juízes se distanciaram do cidadão comum, viraram burocratas bem remunerados e desconhecem a realidade dos municípios onde atuam, contribuindo para que o Brasil não saia da condição de “campeão em injustiça”. A crítica aos magistrados faz parte do diagnóstico do futuro presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, sobre as causas da morosidade da Justiça no país.

“Os fóruns estão sendo construídos fora da cidade. Muitas vezes o juiz nem conhece a cidade, entra na sala de audiência e vai embora. Vira um burocrata quando deveria ser o grande conhecedor da alma de sua cidade. Isso tem de voltar”, diz Cezar, em entrevista exclusiva ao Congresso em Foco. Candidato único à sucessão de Roberto Busato, o atual secretário-geral da OAB terá sua eleição confirmada no próximo dia 31. A posse dele está prevista para o dia seguinte.

Na avaliação de Cezar, além de se aproximar da comunidade, o Judiciário precisa ter mais “ousadia e coragem” para decidir contra o Estado, responsável pela maioria dos recursos judiciais que afogam o sistema. “Os juízes podem acabar com isso sem precisar que se mude a legislação. Basta fixar a litigância de má-fé para o poder público e mandar desentranhar os documentos que são protelatórios”, observa.

“Mas apenas ficam no discurso, no lamento e não tomam nenhuma decisão contra aquele que causa o emperramento do Judiciário. Isso não precisa de mudança na lei. É preciso ter mais coragem e ousadia”, completa. O futuro presidente da OAB reconhece que os advogados também têm responsabilidade pela morosidade e pede aos colegas que evitem recursos meramente protelatórios.

Movimentos sociais

Aos 44 anos, Cezar Britto será o mais jovem presidente do Conselho Federal da OAB. Sobrinho do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Ayres Britto, do qual foi sócio, o sergipano é casado há 21 anos e tem quatro filhos. Advogado trabalhista com atuação na defesa de sindicatos e organizações não-governamentais, promete aproximar a entidade dos movimentos sociais e intensificar a fiscalização das ações do poder público.

“Só há sanguessugas, ambulâncias desviadas ou subfaturadas, porque o Conselho de Saúde não atuou lá no município. Combater a corrupção, por sua estruturação de séculos e capacidade de…”


SE DESEJAR ler a íntegra do artigo, pode fazê-lo acessando a página do “Congresso em Foco” na internet, no endereço http://congressoemfoco.ig.com.br/Noticia.aspx?id=13956.

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