Arquivo

Day After. Os ex-presidentes e o papel que lhes reserva a história. É preciso discutir o tema

José Sarney, que já foi o imperador do Maranhão, hoje não conseguiu reeleger sua filha, Roseana, para o posto de governadora maranhense. E mais: obteve o segundo mandato de oito anos de senador pelo Amapá, que conhece só de ouvir falar. Se bem que, ameaçado, no último pleito até que andou por lá. Mas não muito.

Fernando Collor, defenestrado da vida pública pela população e pelo Congresso Nacional, em 1992, volta agora à política, na condição de senador pelo pra lá de obscuro PRTB – que ele já está trocando pelo PTB, bem mais vistoso.

O sucessor do alagoano nascido no Rio de Janeiro foi o mineiro (por sinal nascido na Bahia) Itamar Franco. Respeitado pelos dois anos de mandato tampão, encheu a paciência primeiro de FH, depois de Lula e agora, aparentemente, está mais quieto – depois de ter sido, por insistência própria, embaixador na Itália e em Portugal.

Depois, veio Fernando Henrique Cardoso. Findos os oito anos de mandato conquistados nas urnas, ainda tenta (como mostra a bajulativa reportagem desta semana na revista IstoÉ) influenciar os destinos do país, via tucanos – se bem que ele já começa a ser mais respeitado pelo que fez, muito mais pelo que faz. E dirige um instituto financiado por empresários amigos e, claro, pelo poder público, conforme demonstra a doação de R$ 600 mil feita pela companhia de saneamento de São Paulo.

Dentro de quatro anos, será a vez de Lula virar ex-presidente. E o que ele fará? Hein? Aliás, qual o papel destinado aos ex-presidentes, além de ser (fazer é outra coisa) história? Esse é o tema de interessantíssima reflexão do jornalista Fernando Rodrigues em coluna que assina na Folha de São Paulo, e que ele reproduz em sua página na internet. Vale a pena ler, acredite:

”O que fazer com ex-presidentes

A fase de relativa anestesia no noticiário político deixou quase sem repercussão a doação de meio milhão de reais de uma empresa estatal paulista (a Sabesp) para a ONG do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (o iFHC). Os envolvidos só disseram um comedido “foi tudo legal”. Pode ser. Mas esse não é o ponto.

Ninguém elaborou sobre o principal: se é próprio ou não uma estatal comandada politicamente por um partido doar meio milhão de reais a uma ONG pertencente a um ex-presidente da República filiado a essa mesma legenda.

Registre-se que a doação de estatais para ONGs faz parte de uma tendência anômala no terceiro setor no Brasil. As ONGs estão se transformando em OMNGs (organizações meio não-governamentais). Mas essa é outra história.

O relevante no episódio do iFHC com a Sabesp é chamar a atenção para um tema polêmico. Algo a ser enfrentado pelo país em algum momento: o que fazer com seus ex-presidentes da República?

No passado pré-1964, o Brasil estava na pré-história em termos institucionais. Nos 21 anos de ditadura, era inútil e ocioso pensar no assunto. Agora, na democracia, os ex-presidentes vivem num vácuo à…”


SE DESEJAR ler a íntegra do artigo, pode fazê-lo acessando a página do jornalista Fernando Rodrigues na internet, no endereço http://uolpolitica.blog.uol.com.br/index.html.

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo