Arquivo

Deputados. Está chegando a sagrada hora das traições, na eleição para presidente da Câmara

Parece tudo sempre igual, diria o poeta. Em Santa Maria, sem fazer juízo de valor, comemora-se o fato de um acordo sobreviver a três eleições para o parlamento municipal. Antes, era um Deus nos acuda – ninguém tinha condições, exceto chutando bem, de prever com convicção o que aconteceria nas eleições para a Mesa Diretora.

Pois agora, em Brasília, no episódio da escolha do presidente da Câmara dos Deputados, falta apenas um partido, o PDT, definir quem vai apoiar, entre Aldo Rebelo, Arlindo Chinaglia e Gustavo Fruet. Nada menos que 11, entre eles os maiores e os médios, já tomaram posição, em favor a um dos integrantes do trio.

Isso quer dizer, então, que é possível adiantar, com um mínimo de chance de erro, quem será o vencedor? Na-na-ni-na-não! Como não existe o tal princípio da fidelidde partidária, cada um pode votar como quiser. E vai ser assim. Tanto que o petista Chinaglia, por exemplo, que até outro dia se considerava favoritaço, pelos apoios que havia obtido, anda choramingando pelos cantos, preocupadíssimo com a fidelidade do seu maior aliado, o PMDB – segundo informa o jornalista Lauro Jardim, editor da seção Radar, da revista Veja.

E o que se presencia na Câmara, nesses dias derradeiros antes da eleição (que acontece na quinta-feira), como relatam os repórteres Silvio Navarro e Letícia Sander, da sucursal de Brasília da Folha de São Paulo, é uma verdadeira caça aos traidores. Tudo para ganhar os votinhos necessários à vitória. Este jornalista não sabe se a história é de rir ou chorar. Confira você mesmo o que o jornalão paulista está publicando:

”Candidatos olham mapa das “traições” para ganhar votos

Com a definição dos apoios formais dos partidos praticamente concluída ontem, os três candidatos à presidência da Câmara iniciaram disputa de bastidores pelas chamadas “traições” –o voto de deputados que podem contrariar suas bancadas na eleição secreta.

Ontem (quarta), o PPS formalizou seu apoio a Gustavo Fruet (PSDB-PR). Foi o 11º partido a declarar sua posição na disputa pela presidência da Casa. Das siglas de médio e grande porte, apenas o PDT ainda não se manifestou.

O petista Arlindo Chinaglia (SP) é o que tem o maior número de legendas aliadas – PT, PMDB, PP, PTB, PSC e PR (PL e Prona). Candidato à reeleição, Aldo Rebelo (PC do B-SP), concorre com o respaldo de PSB, PFL e PC do B. Além do PPS, Fruet tem o apoio do PSDB e do “Grupo dos 30”.

O apoio de líderes partidários não significa transferência automática de votos. A afinidade com um candidato ou os interesses regionais também pesam. Na votação secreta, o deputado pode “trair” o partido.

Diante disso, todos os candidatos afirmam que terão votos em diversas legendas. Esse é o principal argumento usado por Aldo e Fruet para contestar a suposta vantagem de Chinaglia. Se o petista recebesse os votos de todas as siglas que lhe declararam apoio, ganharia no primeiro turno com 273 votos -16 a mais do que o necessário.

No caso de Aldo, seus aliados afirmam que 225 votos já estariam assegurados, apesar de as três bancadas que o apóiam somarem apenas 104 cadeiras.

Fruet agora contabiliza ter entre 110 e 130 votos. Indício seguro da falibilidade dessas estimativas é que a soma de tudo o que os articuladores das candidaturas consideram “voto certo” dá mais de 620 deputados – e a Câmara só tem 513.

Cada candidato tem meta diferente. Fruet aposta em votos no PFL. “O apoio do PFL ao Aldo é legítimo, mas tenho certeza que parte da bancada estará conosco”, diz o deputado Paulo Renato (PSDB-SP), articulador de Fruet. Outro alvo é…”


SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página de “Brasil”, da Folha Online, no endereço http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u88942.shtml

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo