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Não é só ela. Três quartos dos governadores, Yeda inclusive, anunciam corte de gastos

É incrível, mas há estados que podem tomar já atitudes que Yeda Crusius apenas admite como possibilidade concreta. O Ceará, de Cid Gomes, e o Mato Grosso do Sul, de André Pucinelli, não têm troco em caixa para pagar o salário dos funcionários já em janeiro. A situação gaúcha, como se sabe, é de quase insolvência, segundo todos os indicadores mostrados pela governadora.

O quadro, porém, está longe de ser um privilégio gaúcho. Nada menos que 21 dos 27 governadores que tomaram posse em 1º de janeiro o fizeram anunciando uma tesourada nas finanças públicas, com reflexos óbvios sobre a qualidade do serviço prestado pelos Estados e no descrédito e na baixa-estima da população.

O pior é que, ao que se nota, ninguém tem uma solução milagrosa para o problema, exceto esta: avançar sobre o contribuinte, seja ampliando os impostos, ou cortando serviços. Para entender melhor, sugiro a leitura do comentário do jornalista Francklin Martins, da TV Bandeirantes, em sua página na internet. Confira:

”Governadores assumem com a mão na tesoura

Nada menos de 21 dos 27 governadores assumiram seus cargos anunciando cortes de despesas, suspensão e revisão de contratos, extinção de secretarias e enxugamento no número de assessores nomeados sem concurso. Dos outro seis, pelo menos três têm boas razões para não iniciar os mandatos com a mão na tesoura. Como foram reeleitos, já estavam no comando de seus estados.

Parece que, com algum atraso, está entrando na moda a estratégia de cortar despesas de custeio, seja para promover o ajuste fiscal, seja para liberar recursos para investimentos. Apesar da demora, o movimento é bem-vindo. O Estado no Brasil – e Estado aí deve ser entendido no sentido amplo: União, unidades da Federação e municípios – gasta muito, mas principalmente gasta mal.

Melhorar a qualidade desse gasto, reduzindo no orçamento o peso do custeio da máquina e do pagamento de juros, é imprescindível para deslocar recursos para o investimento público e para diminuir a carga tributária, abrindo espaço para o aumento dos investimentos privados. Sem isso, será impossível abrir um novo ciclo de crescimento sustentado no país. Assim, as medidas de choque anunciadas na maioria dos estados são positivas e mostram que os novos governantes estão acertando o passo com a realidade.

É claro que os impulsos e as motivações variam. Em muitos estados, as providências obedecem a uma necessidade vital. É o caso do Rio de Janeiro, cujas finanças estão absolutamente desorganizadas, e do Rio Grande do Sul, que beira a insolvência. É o caso também do Ceará e de Mato Grosso do Sul, onde sequer há dinheiro em caixa para pagar o funcionalismo.

Em outros estados, porém, as motivações são também políticas. Os novos governadores estão recorrendo ao choque fiscal para dar uma chacoalhada na máquina administrativa, há muito tempo sob o controle de velhos caciques, como na Bahia, em Alagoas e no Distrito Federal. É como se dessem um aviso aos navegantes: os tempos mudaram, tem galo novo no terreiro e quem continuar prestando tributo ao antigo dono do pedaço pode se dar mal…


SE DESEJAR ler a íntegra do artigo, pode fazê-lo acessando a página do jornalista Franklin Martins na internet, no endereço http://www.franklinmartins.com.br/post.php?titulo=governadores-assumem-com-a-mao-na-tesoura.

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