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Antipatia. É só o que obterá o Sinprosm impedindo crianças de ir aos desfiles da Pátria

Não vou discutir, de jeito algum, a legitimidade das reivindicações dos professores municipais de Santa Maria, reunidos em torno de seu aguerrido sindicato. Mas questiono, como fiz nas ocasiões anteriores, a prática de impedir crianças de participar dos Desfiles da Pátria e do Dia do Gaúcho (para citar dois exemplos), a pretexto de “boicotar as atividades oficiais da prefeitura”.

 

Convenhamos, é uma atitude pra lá de antipática. Inclusive porque está a prejudicar não o Executivo, necessariamente, mas os próprios meninos e meninas que eventualmente gostariam de participar. Uma ação boba e infantil – que seria bem colocada se feita pelas próprias crianças. Mas na cabeça de adultos, a palavra é outra. Respeitosamente.

 

Aliás, desculpa perguntar: por que, em vez do boicote, os professores não entram em greve? Hein? Em todo caso, confira, no texto da assessoria de imprensa do Sindicato, o que foi dito na Tribuna Livre da Câmara de Vereadores, nesta quinta-feira. A seguir:

 

“Professores municipais criticam incoerência entre o discurso e a prática do atual governo

 

Com o objetivo de expor a indignação dos professores municipais com o descaso da prefeitura durante o processo de negociação da reposição salarial, os educadores se fizeram presentes, com faixas e bandeiras, hoje à tarde, na Sessão Ordinária da Câmara de Vereadores de Santa Maria, para fazer uso da Tribuna Livre. Um dos coordenadores do Sindicato dos Professores Municipais de Santa Maria – Sinprosm, Antônio Lidio Zambon, se pronunciou representando a categoria: “Entendemos que a ação não pode destoar do discurso e vice-versa, acreditamos que o discurso da última campanha de reeleição do atual governo não deve ser incoerente com a prática que está sendo vivenciada, por isso, o boicote a todas as atividades públicas da prefeitura”.

Zambon declarou que os educadores municipais tentaram todas as possibilidades de negociação com o governo no que se refere à reposição das perdas salariais, equivalência salarial e melhoria das condições de trabalho, o que iria valorizar os profissionais da educação e refletir na qualidade do ensino. O líder sindical observou a defasagem da reposição salarial dos professores que apresenta perdas que ultrapassam os 30%. Além disso, Zambon destacou que o básico atual dos professores com Magistério em Santa Maria é de R$ 370,94, sendo inferior aos municípios da região, tais como: Silveira Martins (R$ 645,48 para professores com graduação); Santiago (R$ 426,71 para professores com Magistério e R$ 559,00 para os que possuem graduação); Restinga Seca (R$ 580,83 para professores com Magistério e R$ 710, 67 para os que possuem graduação). 

 “A disposição do sindicato é pela negociação e pelo bom sendo. Mas com o rompimento unilateral das negociações, por parte do governo, permaneceremos mobilizados, lutando pelos interesses coletivos dos professores”, declarou Zambon, convocando os professores para Assembléia Geral, que vai ocorrer na próxima quinta-feira, dia 16 de agosto, às 10h 30min, no Clube Caxeiral, para tratar da organização dos boicotes às atividades promovidas pela prefeitura.”

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