Comércio. Brasil está comprando mais que vendendo. Mas superávit passa de US$ 27 bi, em 2007
O problema não é exatamente o quanto, mas o que. Isto é, a redução do superávit comercial brasileiro é real. Ainda assim, a diferença projetada entre o que vendemos e o que compramos do exterior deverá alcançar, na avaliação mais pessimista, US$ 40 bilhões. Mas pode chegar a até US$ 43 bilhões. O número de 2006 foi US$ 47 bi.
Então, estamos combinados que está tudo bem, no comércio externo brasileiro. E inclusive podemos comemorar o aumento significativo da importação e, também, das exportações. Aquelas crescem mais que estas, mas ambas apresentam excelente desempenho: US$ 104 bilhões em vendas e US$ 75 bilhões em compras externas. Um portento.
E volto às questões iniciais. Gostaria muito de saber, e não tenho disponíveis esses dados, o que vendemos. E o que compramos. A primeira pergunta é até fácil: a maior parte se trata de commodities, tanto do agronegócio quanto da mineração. O que é ruim, no longo prazo. Mas pode ser perfeitamente contrabalançado pelo fato de importarmos, por exemplo, equipamentos. Isso significaria capacidade de investimento da nossa indústria, que permitiria ganhos no futuro.
Pena que não se sabe isso. Ou, pelo menos, eu não sei. Mas gostaria muito de saber. Afinal, se a quantidade é boa, quem garante que a qualidade do nosso comércio externo se dá na mesma medida?
SUGESTÕES DE LEITURA – confira a reportagem Superávit da balança soma US$ 3,5 bilhões, de Alexandro Martello, do G1, o portal da Globo.
Leia também a notícia Importações aceleram e saldo comercial de janeiro a agosto cai 7,5% em relação a 2006, em texto assinado por Stênio Ribeiro, da Agência Brasil.
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