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Do contra. A curiosa postura do Psol, que anda a reboque do que há de pior na mídia grandona

Não tenho dúvida: a revista Veja é o pior entre os piores representantes da mídia grandona (e da que se acha). Posa de prima dona quando tem muitas culpas no cartório. Não revela, por exemplo, uma das principais iras que a move na sua cruzada anti-governista, travestida de cultuadora da liberdade de imprensa.

 

Sim, já escrevi aqui (há coisa de ano e pouco – mas pesquisei e não encontrei a nota, para reproduzi-la) que a Editora Abril, que a publica, perdeu um contrato de R$ 125 milhões que mantinha, no governo Fernando Henrique, pelo qual vendia livros didáticos ao governo. E perdeu a licitação porque o governo Lula decidiu democratizar a coisa, permitindo que mais editoras pudessem se qualificar. O que, obviamente, reduziu o custo para a sociedade. Algo que a Abril (e a Veja) não quer nem saber.

 

Resumindo, a questão não é política, mas puro business. Por conta disso, vale tudo. Inclusive essa história de virar patrocinadora da moral pátria, de vestal incorruptível da ética. E ser, claro, a grande líder oposicionista – o que é um direito inalienável de quem quer que seja, desde que diga isso com clareza. Ponto.

 

Agora, curiosamente, a Veja (e a Abril) tem um aliado fantástico, colocado supostamente à esquerda do espectro político. Trata-se de outra vestal: o  Partido Socialismo e Liberdade, mais conhecido por Psol. Que virou caixa de ressonância da revista de uma classe que os afilhados de Heloísa Helena e Luciana Genro dizem abominar, a tal de burguesia – da qual, reconheço e não desmereço, faço parte.

 

Como? Heresia? Hehehehe. Você sabia que todas as quatro (sim, quatro) representações contra Renan Calheiros (e aqui não discuto o mérito) feitas, na unanimidade, pelo Psol, e que podem redundar na cassação do presidente do Senado, foram feitas com base em reportagens da revista Veja? Pois é. Toooodas. Ah, mas não diga isso perto de um militante psolista. Ele pode embrabecer. Afinal, virou aliado incontestável da outrora conhecida como “direita”. E, paradoxalmente, confunde-se com ela. Não é curioso?

 

EM TEMPO: sou assinante (e leitor) da revista Veja. E dou uma olhada e leio tudo o que vem da mídia grandona (e da que se acha). Nem que seja pra me irritar.

 

SUGESTÕES DE LEITURA – confira aqui a nota “A vulgarização das representações do PSol”, de Tales Faria, no Blog dos  Blogs.

Leia também a nota “Sem efeito. Gritedo do PSol passou do ponto e está virando apenas aquela coisa chata”, que publiquei aqui em 5 de agosto passado.

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