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Palavra. Yeda disse não ter prometido que não aumentaria impostos. E a memória da jornalista?

A coisa, convenhamos, beira o constrangimento. Nesta segunda-feira, a governadora Yeda Crusius concedeu entrevista ao programa Gaúcha Hoje, da Rádio Gaúcha. Nele, além de responder perguntas de ouvintes, também foi questionada pelos apresentadores, entre os quais a colunista e editora de Política do jornal Zero Hora, Rosane de Oliveira.

 

No bate-papo radiofônico, a Chefe do Executivo, que acaba de enviar um pacote de medidas que combinam aumento de receita e corte de despesas, buscando combater o déficit das combalidas finanças públicas gaúchas, afirmou com toda a firmeza não ter feito qualquer promessa, na campanha eleitoral do ano passado, no sentido de não aumentar impostos.

 

Como se sabe, entre as propostas de Yeda, a serem analisadas pela Assembléia Legislativa, uma aumenta com vigor, vamos dizer assim, a alíquota de ICMS. A básica cresce de 17% para 18% e a de alguns bens e serviço para até 25%. É, objetivamente, senão o maior, o mais impactante de todos os projetos.

 

Mas essa não é a questão, aqui. O que se tem é a tal de palavra, de um lado, e a memória, de outro. A própria Rosane de Oliveira, que conheço e reputo muito séria pessoal e profissionalmente, foi pra lá de educada e não confrontou muito menos polemizou no ar com a titular do Palácio Piratini.

 

Mas, no seu blog no portal ZeroHora.Com, escreveu com todas as letras (e isso até virou reportagem, como você confere na sugestão de leitura, logo abaixo), que a governadora disse, sim, que não aumentaria impostos. E mais, que isso é o que os outros propuseram, sugerindo diretamente que deveria haver criatividade para tratar da solução do déficit.

 

E agora, a palavra é a palavra! Talvez seja o caso de a governadora dizer o óbvio, mesmo que isso signifique um recuo. Isto é: não tem mesmo solução, acerca das finanças, exceto o aumento de imposto (combinado com outras alternativas). Não concordo, mas acho que o argumento seria, cá entre nós, mais facilmente assimilável pelos cidadãos. Afinal, para os gaúchos, a palavra ainda é alguma coisa importante. Ou não?

 

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui a reportagem “Rosane de Oliveira: Ela disse e eu não esqueci”, publicada pela ZeroHora.Com.

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