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Um crime sexual contra crianças a cada três dias

O índice é, simplesmente, desolador. Nesta quinta-feira, dia nacional de luta contra o Abuso Sexual e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, surgia a informação, divulgada nesta sexta, no jornal A Razão, que somente em 2006 já se registram 39 casos de crime sexual contra crianças e adolescentes em Santa Maria.

E, atenção: esses são os casos registrados junto às autoridades policiais. Não se sabe, mas se supõem que o número de casos seja muito mais elevado. Inclusive porque, lamentavelmente, muitos crimes são conhecidos por pessoas da própria família – o que inibe a denúncia, seja por medo ou por qualquer outra razão.

Confira você mesmo a reportagem publicada no jornal, em texto assinado por Elisete Tonetto

”Infância interrompida
Somente neste ano já foram registrados 39 casos de crime sexual contra crianças e adolescentes na cidade

Uma infância e adolescência segura e protegida, livre de abusos físicos, psicológicos e sexuais nem sempre é possível. A omissão, na maioria das vezes de quem deveria proteger e impedir que o crime aconteça, no caso a mãe, é um dos fatores que contribui para que a grande parte dos delitos ocorram.

Só na Delegacia de Proteção à Criança e do Adolescente (DOCA), nos últimos seis meses, foram 34 situações, sendo 22 de atentado violento ao pudor e 12 de estupro. A maioria dos agressores tinha parentesco com as vítimas. Um exemplo disso é o caso do homem de 38 anos, morador de Camobi, que semana passada foi encaminhado para o Presídio Regional, sob a acusação de abusar sexualmente de sua filha de 13 anos. Se condenado, o homem poderá pegar de seis a 10 anos de reclusão.

Uma realidade amarga mas que, segundo o delegado titular da DOCA, serve para mostrar que está havendo uma maior conscientização por parte das pessoas em denunciar e que as ações desenvolvidas pelos conselhos tutelares, delegacias e programas como o Sentinela, que atende crianças e adolescentes vítimas de exploração sexual e suas famílias estão dando certo. “Não foram os crimes que aumentaram e sim as pessoas que estão perdendo o medo de denunciar, o que muito positivo”, avalia. Opinião que também é compartilhada pela delegada titular da Delegacia da Mulher, Débora Dias. O local também recebe crimes de abuso sexual envolvendo crianças e adolescentes. Desde o início deste ano foram cinco casos, sendo um por atentado violento ao pudor, três por estupro e um por abuso sexual.

“É o início do rompimento de um ciclo de violência contra as crianças e jovens. Na minha opinião, um dos piores crimes, visto que os trauma são para o resto da vida. É comum vir até nós mulheres casadas, com filhos, para denunciar abusos ocorridos há mais de 10 anos por não terem conseguido superar o trauma”, salienta.

No Acolher, serviço de proteção do Município, que atende crianças e adolescentes, vítimas de violência Física, Psicológica e Sexual, e casos encaminhados pelos conselhos tutelares e delegacias, do início do ano até abril, já foram 38 recebimentos. Em cerca de 15, as vítimas sofreram violência contra o pudor.

Data – O Dia Nacional de Luta contra o Abuso Sexual, e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, comemorado ontem, foi marcado em Santa Maria, por uma reunião entre os representantes que integram a Rede de Proteção à Criança e Adolescente do Município, para discutir ações de atendimento as demandas existentes na cidade. “De posse das demandas é possível criar ações mais específicas”, destacou o coordenador do programa Acolher, Douglas Casarotto de Oliveira.

A data, instituída em maio de 2000, foi escolhida em razão de um crime que comoveu o país, em 1973, o caso Araceli. A menina, de oito anos, foi sequestrada, violentada e assassinada em Vitória. Até hoje os culpados estão impunes…”


SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página do jornal na internet, no endereço www.arazao.com.br, ou na versão impressa, nas bancas nas primeiras horas desta sexta-feira.

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