Arquivo

Pós-CPMF. Pode-se não gostar do efeito. Mas o governo fez o que dele se impunha: governar

Sem delongas, confira o que escreve, no Blog dos Blogs, Tales Faria, o Editor Chefe do Jornal do Brasil, uma das mais influentes publicações brasileiras. Lá no final, o meu comentário. A seguir:

 

“Mas que caras de pau!

O líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), declarou que o governo rompeu acordo com a oposição de não editar qualquer solução para a derrubada da CPMF sem antes negociá-la com o Congresso.

Antes de mais nada queria saber que acordo é esse? Parece aquele acerto do porco com a galinha para fazer uma sociedade. A galinha (oposição) entra com os ovos e o governo (porco) estaria obrigado a ceder o bacon. Não acredito que tenha havido um acordo assim. Ah? Não foi acordo? Foi promessa unilateral do governo? Aí é menos crível ainda.

O caso é o seguinte: a oposição quis derrubar a CPMF e derrubou. Estava tudo mais ou menos tranquilo. Caiu a CPMF numa hora em que a chamada “conjuntura externa” anda meio complicada. Algo, então, tinha que ser posto ou tirado do lugar. Caso contrário, seria irresponsabilidade fiscal. Ou seja, ou aumentava impostos, ou cortava programas sociais. Nos dois casos, alguém ia ter que se explicar ao povo. E esse alguém é quem derrubou a CPMF, não tem saída.

Aí vem o líder da oposição e diz que não era isso que eles esperavam? Esperavam o quê? Que o governo ficasse parado? Fala sério!”

 

COMENTÁRIO CLAUDEMIRIANO: para começar, declaro que faz muito tempo que meu cheque especial está no negativo. Como se trata de empréstimo, estou entre aqueles que paga o tal IOF, cuja alíquota o governo acaba de fixar em 0,38%, como forma de aumentar a sua arrecadação. O objetivo é reduzir o rombo provocado pela perda dos R$ 40 bilhões da CPMF, cuja prorrogação foi rejeitada no Senado.

 

Dito isto, vamos combinar o seguinte: quem derrubou a CPMF foi a oposição, liderada, no caso, pelo DEM do Agripino e pelo PSDB de FHC e Arthur Virgilio. Nada contra a oposição, que tem mesmo é que se opor. Mas não pode ser furtar das conseqüências. Aí também não. Ou alguém acredita que o governo ficaria parado? Apenas aplaudindo seus oponentes. Não é assim que se faz política.

 

Quanto a mim, posso não gostar, e não gosto, de ver minhas finanças atingidas por mais um tributo. Porém, não posso criticar o governo por fazer o que dele se exige. Que é exatamente… governar. Resumindo: o governo governou. E, politicamente, o que também é legítimo, joga tudo o que puder de antipático nas costas da oposição. É do jogo.

 

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui, se desejar, outras notas publicadas pelo Editor Chefe do Jornal do Brasil, Tales Faria, no Blog dos Blogs.

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo