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Coligações para a Câmara. Se engana quem pensa que já está tudo definido, entre PMDB e PP

Entre as direções dos partidos que compõem o Frentão Oposicionista até pode estar tudo acertado – como eu próprio antecipei (e até comentei) há pelo menos 10 dias. O grupo de siglas que terá Cezar Schirmer (PMDB) como candidato a prefeito e José Farret (PP) como vice teria definido, para dar ainda mais fôlego e potencial de campanha para a chapa majoritária, a formação de três chapas para o pleito proporcional.

 

Uma delas composta de DEM, PPS e PSDB – seria, inclusive, uma das condições acordadas para o retorno de Jorge Pozzobom e o tucanato para o ninho do Frentão. Outra teria o PMDB e uma terceira com o PP, ambas em vôo solo. É, mas faltou combinar com os candidatos a vereador.

 

Há grande resistência a essa estratégia, no Partido Progressista. Os concorrentes à vereança pela agremiação, e que contam com apoio de pelo menos parte dos dirigentes, exigem coligar-se com o PMDB. Esgrimem como argumento, inclusive, o fato de terem cedido a cabeça de chapa para Schirmer, embora, como me confidenciaram entre sexta-feira e sábado dois influentes integrantes do progressismo, o ex-prefeito Farret, conforme atestariam pesquisas feitas recentemente, teria percentual de apoio maior que o peemedebista.

 

Não tenho idéia de até quando, ou quanto, irá essa resistência a concorrer sozinho, por parte do PP. Mas é um enrosco de bom tamanho e ainda sem solução. Há quem, inclusive, se for confirmada a separação, ameace fazer campanha apenas para si mesmo, “esquecendo” da majoritária. Menos como protesto político, mais como tática de sobrevivência.

 

O PMDB resiste muito (ou tudo) à possibilidade de uma dobradinha com o PP na eleição proporcional. A razão tem nada a ver com afinidade política e tudo com pragmatismo. Há uma consciência (se certa ou errada apenas o pleito vai confirmar) de que a chapa peemedebista é forte e que há pelo menos sete candidatos disputando quatro vagas para o Legislativo (mantidos os 14 vereadores atuais). Há, já, uma enorme disputa interna, para não dizer uma verdadeira carnificina. Que, inclusive, está provocando comportamentos mais para o individual que para o coletivo, na Câmara de Vereadores.

 

Segundo cálculo feito por uma pessoa do PP, entendendo (mas não aceitando) as ponderações do PMDB, uma coligação entre ambos poderia eleger até 7, quem sabe 8 (na melhor das hipóteses) vereadores. E aí, quem sairia ganhando seriam os progressistas que tem menos (mas mais fortes) captadores de votos.

 

RESUMINDO: é um problema de bom tamanho, e que precisa ser solucionado pelas duas siglas. Se não for bem conduzido, o resultado pode ser bastante danoso para a chapa majoritária – é o que dizem representantes dos dois lados.

 

EM TEMPO: situação semelhante, mas de “menor potencial”, acontece pelos lados da Frente Popular Trabalhista. Varios candidatos à vereança, pelo PT, se sentem incomodados com a aliança feita com o PR, de Anita Costa Beber. Mas, pelo menos por enquanto, por conta da disciplina interna, estão se rendendo à vontade expressa do candidato Paulo Pimenta. Mas isso ainda pode virar notícia, é bom ficar atento.

 

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