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Eleições 2008. E se foi a “virgindade” do PSOL, que aceita, sim, doação de grande empresário

Está dando o maior forrobodó na última virgem da política brasileira. Sim, o PSOL, que afirma (em Santa Maria inclusive) não receber troco dos empresários, notadamente dos grandões, contabiliza nas suas burras eleitorais da capital do Estado, R$ 50 mil (metade do total a ser doado até 5 de outubro) doados pelo maior grupo capitalista do Rio Grande e um dos maiores do Brasil. Tudo para ajudar a financiar a campanha da deputada federal Luciana Genro (na foto de Roosewelt Pinheiro, da Agência Brasil) à prefeitura da capital.

 

É evidente que os puristas do PSOL já se agigantaram e a coisa está ficando feia. Aliás, e em Santa Maria, a candidata do partido, Sandra Feltrin (da Frente de Esquerda), ao que se sabe mantém a postura original da sigla. Mas, não há dúvida, também receberá as sobras das críticas. Ou alguém pensa diferente? A propósito do bafafá, confira o que escreve o jornalista Marco Aurélio Weissheimer, na página que edita na internet. Aliás, e a bem da transparência, Marco Aurélio é petista, o que, porém, não desqualifica o teor da nota abaixo, inclusive porque ele não emite qualquer juízo de valor. Confira:

 

“Dinheiro da Gerdau abre crise no PSOL

 

Militantes e dirigentes do PSOL de vários estados do país assinaram uma nota de repúdio à decisão do diretório do partido em Porto Alegre que aceitou uma “polpuda oferta financeira feita pelo grupo Gerdau”. Segundo a nota, a decisão “representa um ponto de inflexão na construção do partido”, que exige “uma clara tomada de posição por parte de todos os setores envolvidos no processo de recomposição da esquerda socialista no Brasil”. O documento, assinado por integrantes de diversas correntes do partido (Socialismo Revolucionário, Coletivo Liberdade Socialista, Alternativa Socialista, Alternativa Revolucionária Socialista e Reage Socialista) exige a imediata anulação da deliberação de Porto Alegre, entendendo que ela fere não apenas o estatuto do partido e as resoluções da 2ª Conferência Eleitoral do PSOL, mas, sobretudo, todo o “acúmulo político sobre o qual o PSOL foi fundado”.

A nota afirma: “ Trata-se de mais um passo atrás, um retrocesso evidente em relação ao projeto original do PSOL. A decisão de Porto Alegre deve ser revertida e as lições desse episódio devem servir para a construção de outra política para o partido, uma política coerente com as reais aspirações da militância e da vanguarda ativa dos trabalhadores e da juventude que fundaram o PSOL. A decisão da maioria do Diretório de Porto Alegre, defendida especialmente pela corrente MES (Movimento da Esquerda Socialista, ligada à deputada federal e candidata à prefeitura de Porto Alegre, Luciana Genro) foi tomada em nome da aspiração de tirar o PSOL do isolamento e da mera posição de comentador da realidade. Para esses (as) companheiros (as), o maior risco do PSOL hoje não é a degeneração oportunista, como aconteceu com o PT, mas sim o isolamento e a marginalidade”.

Diante desse argumento, a nota responde categoricamente: “a política dos (as) companheiros (as) tende a nos conduzir para o pior dos mundos, a transformação do PSOL numa seita marginal exatamente porque passou a adotar uma política oportunista, que não consegue…”

 

SUGESTÃO DE LEITURA – clique aqui para ler a íntegra da nota “Dinheiro da Gerdau abre crise no PSOL”, publicada pelo jornalista Marco Aurelio Weissheimer, editor do sítio RS Urgente.

 

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