Não é o fim do mundo. Ficar fora de uma Copa do Mundo talvez pudesse ter um efeito positivo
Ainda bem que sou um cronista esportivo aposentado (e provavelmente nunca mais alguém me convidará para trabalhar na área). Mas, cá entre nós, se é verdade que ano de Copa é daqueles que todo mundo vende, também não deixa de ser verdadeiro que não se morre se não se participa do campeonato mundial de futebol
Claro, o Brasil nunca experimentou isso. Mas já esteve perto, inclusive em 2003, quando foi e acabou ganhando mas precisou golear a Venezuela, na última rodada, para garantir a vaga. Agora, pergunto: qual o problema de não ir?
Talvez, inclusive, a nossa mídia esportiva deixaria de ser tão bajuladora e nada jornalística (no sentido da isenção, pró ou contra) em relação à seleção brasileira quanto é hoje. Aliás, mais que racionalidade, o jornalismo esportivo apresenta cada vez mais emocionalidade. Aquela que perturba os neurônios, se me entendem.
Aliás, a propósito disso, é muito interessante o comentário de Luciano Martins Costa, reproduzido no sítio especializado Observatório da Imprensa. Que tal ler e refletir um pouco. Fiz isso e gostei. Você? É por sua conta. Ah, e lá no final, um pequeno esclarecimento. A seguir:
BRASIL 0 x 0 ARGENTINA – A imprensa de chuteiras
A fotografia do técnico Dunga, sentado solitariamente numa grade à beira do campo, publicada na quinta-feira (17) na primeira página do Globo, é a senha: a seleção brasileira deve trocar o comando do time.
O título da reportagem sobre o jogo contra a Argentina, no alto da página, soa como epitáfio: “Uma campanha de envergonhar”. Na pátria de chuteiras, mais uma vez a imprensa entra em campo, como os “cartolas” dos velhos tempos, para mudar o jogo.
Até a semana passada, na véspera da partida contra o Peru, a seleção brasileira ainda era motivo de entusiasmo por parte dos cronistas esportivos, apesar dos desempenhos medíocres na vitória apertada contra o Canadá e na derrota para os venezuelanos, em jogos amistosos.
Em apenas quatro dias, Dunga passa de herói a vilão e em breve deve voltar ao ostracismo. A se considerar o que dizem os jornais de quinta-feira, provavelmente ainda nesta semana ele voltará a ser o cidadão Carlos Caetano Bledorn Verri.
Fica para os observadores a reflexão sobre a esquizofrênica relação da nossa imprensa com o mundo do futebol, e em especial com a seleção, representação da pátria entre as quatro linhas do gramado. Acostumado aos triunfos, os brasileiros não admitem uma equipe que seja menos do que excelente…
ESCLARECIMENTO CLAUDEMIRIANO: ao contrário do que pode sugerir o que escrevo aqui, sou um apaixonado pelo futebol. Mesmo neste momento, enquanto escrevo essas linhas, a TV está ligada em Portugal x Alemanha, pela Eurocopa. Assisto meia dúzia de jogos por semana, de qualquer campeonato. E tenho o pay-per-view do Brasileirão. Portanto, gosto de futebol. Atenção, de f-u-t-e-b-o-l. E sou um apaixonado tricolor, mas só depois.
SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui a íntegra do comentário Brasil 0 x 0 Argentina – a imprensa de chuteiras, de Luciano Martins Costa, no programa de rádio do sítio especializado Observatório da Imprensa.
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