Visando 2010 (2). Se organizam três candidaturas fortes ao Palácio Piratini. Uma é a de Yeda

Na quarta-feira, em entrevista ping-pong concedida ao jornalista Políbio Braga, o presidente estadual da Juventude do PMDB, Gabriel Souza, declarou textualmente: “se não sair agora, vai sair quando?”, ao ser perguntado sobre quando os peemedebistas desembarcariam do governo de Yeda Crusius (na foto de Jefferson Bernardes).

Ora, conceda-se que o dirigente da JPMDB tenha se entusiasmado além da conta. Ainda assim, o que ele disse, sem entrar no mérito temporal, é a mais absoluta realidade. E por uma singela razão: Yeda é candidata a reeleição, e o PMDB também terá candidato – embora não seja possível ainda afirmar quem. Logo, é só uma questão de tempo para haver mudanças profundas no primeiro escalão do governo do Estado.

A anunciada entrada de Berfran Rosado, do PPS, e de Elói Guimarães, do PTB, o primeiro na pasta de Meio Ambiente e o segundo na de Administração, sinaliza claramente com quem a atual titular do Piratini quer fazer aliança em 2010, já no primeiro turno. Acrescente-se também o DEM (noves fora o vice Paulo Feijó) e tem-se a aliança preferencial de Yeda. E, nela, não há espaço, obviamente, para os peemedebistas – que buscarão o PP (que também quer ir com o DEM) – ou, mais remotamente, beeeem mais remotamente, se aliarão ao PT (o de Tarso Genro, não o de Olívio Dutra). E, se puderem, também chamarão o PTB para o seu lado.

De modo que, salvo as inevitáveis mudanças que ainda poderão ocorrer (elas sempre acontecem), já é possível afirmar que é bem provável que existam três candidatos fortes ao Piratini em 2010. Protagonistas do pleito, por certo: Yeda Crusius, o nome do PMDB e o nome do PT. Cada qual tentando formar a sua base. A partir de agora, frise-se. Independente do que for feito no primeiro escalão estadual.

Em nota posterior, daqui a pouquinho, me refiro especificamente a Santa Maria, e a tarefa que tem Cezar Schirmer, convivendo no seu governo com dois desses pólos em disputa.