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Debate necessário. Vladimir Herzog e os métodos do regime militar, no “Cultura na Sedufsm”

Uma revisita necessária, para que o futuro não seja o mesmo. Pode parecer simplista, e talvez seja, mas é como vejo os debates em torno dos 45 anos de ditadura militar. Nesse contexto, é fundamental que se discutam pormenores, ainda que importantes – caso específico da tortura e da atuação de profissionais, inclusive de imprensa.

 

Assim, foi muito importante o “Cultura na Sedufsm”, uma tradicional promoção da Seção Sindical dos Docentes da UFSM, e que tratou, no específico, do assassinato do jornalista Wladimir Herzog, em 1975. E, no geral, os métodos da ditadura. Os detalhes do encontro, acontecido na noite desta segunda-feira, vêm com o material distribuído pela assessoria de imprensa da entidade. O texto é de Fritz Nunes e a foto de Ana Paula Nogueira. Confira:

 

“Exibição do filme “Vlado” abre espaço

para debater métodos da ditadura

 

O Cultura na SEDUFSM desta segunda, 11 de maio, que exibiu o documentário “Vlado. 30 anos depois”, serviu como ponto de partida para um debate sobre os métodos utilizados durante a ditadura militar que comandou o Brasil de 1964 a 1985. O filme, que foi assistido por uma plateia de 60 pessoas, narra a trajetória de vida e morte nos porões do DOI-CODI, em São Paulo, do jornalista Vladimir Herzog, o Vlado. Debateram após o filme, o professor de História da UFSM, Diorge Alceno Konrad, o professor do curso de Jornalismo da UFSM, Rondon de Castro, e o advogado e professor aposentado, Walter Jobim Neto. Rondon e Walter Jobim substituíram os convidados Celso Schröder e Ricardo Jobim.

 

Diorge Konrad destacou alguns pontos levantados pelo documentário e que merecem reflexão. Um dos mais relevantes se refere à tortura empregada contra os opositores ao regime ditatorial implantado no país. Segundo o professor de História, o método de torturar não foi usado apenas pelos militares, mas instituído desde a época do Brasil colônia. “A tortura é quase uma cultura em nosso país”, afirmou convictamente. Um outro aspecto tocado pelo filme, segundo Diorge, se refere à censura aos meios de comunicação. Para o professor, “a censura é algo historicamente colocado, desde que nasce a imprensa no país, não foi apenas no regime militar”. Ele acrescenta ainda que, mesmo após finda a ditadura, nos dias atuais ainda se observa autocensura, que seria promovida pela direção das empresas de comunicação.

 

Mesmo discordando de uma das teses levantas pelo filme, de que haveria um setor mais duro na ditadura militar e outro mais brando, Diorge Konrad observa como um dos méritos da película o fato de abordar aspectos que reforçam a necessidade de abertura dos arquivos referentes ao período. Na condição de pesquisador sobre o tema, Diorge é defensor da necessidade de uma revisão da lei da Anistia. Para o professor da UFSM, não se pode tratar de forma igualitária aqueles que torturaram usando o aparato estatal, e aqueles que, não tendo outra opção, decidiram lutar contra um regime que promovia “terrorismo de estado”. Na questão da abertura dos arquivos, Diorge destaca que mesmo no interior da universidade, é preciso conhecer como funcionava o serviço de informações…”

 

PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.

 

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui, se desejar, outras informações oriundas da assessoria de imprensa da Sedufsm.

 

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