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INTERNET E ELEIÇÕES. Senador acha que porco e batata são a mesma coisa. Vai dar é congestão

Emenda de Mercadante ajuda a resolver o problema, que, por sinal, é obvio. Mas...
Emenda de Mercadante ajuda a resolver o problema, que, por sinal, é obvio. Mas...

O senador Eduardo Azeredo, do PSDB mineiro, é reincidente. Tempos atrás, o sujeito queria dar um jeito de por rédeas na internet. Como se isso fosse possível. A grande rede é, por natureza, livre. Não há como amarrá-la, pelo menos não nas sociedades democráticas. Teve o tucano que voltar atrás, diante do óbvio.

Mas, agora, por conta do episódio eleitoral de 2010, o homem (que está bem acompanhado, se realce) volta à carga. Quer porque quer igualar o inigualável. TV e Rádio são concessões públicas, Internet não. Exceto para ele, que admite o uso da rede para dar opinião “escrita”, mas sem áudio e vídeo. O registro de

reportagem da Folha de São Paulo chega a ser constrangedor. Embora não explique como devem se comportar os sítios de jornal (escritos, ao que se conhece) que também oferecem vídeo junto aos textos.

Em todo caso, é bom ficar de olho nessa história toda. Inclusive porque, se aprovada a heresia, simplesmente não será cumprida. Por impossibilidade absoluta de fiscalização (como regrar o YouTube, por exemplo, cujos servidores estão muito longe da alçada de Azeredo e outros) e também por desobediência. Ponto.

Menos mal que, aparentemente, na discussão do momento no Senado, a propósito das regras para o pleito, haverá uma emenda distinguindo o porco da batata. Os detalhes você conhece em nota do jornalista Josias de Souza, da Folha de São Paulo, com foto de Antonio Cruz, da Agência Brasil. Confira:

Emenda de Mercadante libera notícia eleitoral na web

O líder do PT, Aloizio Mercadante (SP), tenta corrigir, por meio de emenda, uma excrescência aprovada nesta quarta (2) por duas comissões do Senado. Reunidas em sessão conjunta, as comissões de Justiça e de Ciência e Tecnologia aprovaram, por unanimidade, a limitação do noticiário em portais e blogs da web.

A prevalecer o que foi aprovado -por unanimidade, diga-se-, a internet seria equiparada, em períodos eleitorais, ao rádio e à TV. Não poderia veicular, por exemplo, artigos a favor ou contra candidatos, partidos ou coligações. Debates na internet? Só convidando todos os candidatos. Entrevistas? Ou faz com todos ou não faz com nenhum. Charges? Proibido. A maluquice foi enganchada no artigo 45, inciso 3 da nova lei.

Referendada pelas comissões, o projeto vai ao plenário do Senado na próxima semana. É ali que Mercadante tentará fazer prevalecer a sua emenda…”

PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.

SUGESTÃO ADICIONAL – confira aqui, se desejar, também outras notas e artigos publicados por Josias de Souza, da Folha de São Paulo.

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