Nossos Amigos – por Rogério Koff
A história da amizade entre humanos e cães data de aproximadamente 15 mil anos atrás. O homem abandonava suas características de caçador/coletor para se dedicar às atividades agropastoris. O nomadismo dava lugar à fixação a terra e os primeiros filhotes de lobos passaram a ser domesticados. Logo, estariam auxiliando o trabalho de seus proprietários.
Esta relação, inicialmente harmônica, sofreu severas transformações a partir da industrialização e do progressivo crescimento das cidades. Muitos de nós, humanos, parecemos ter esquecido a alegria e o privilégio de um cão ao nosso lado. Sempre quis um cachorro, mas passei minha infância morando em apartamentos. Não faz seis anos que tenho uma vira-latas chamada Laika e o daschundt Arthur. São grandes alegrias da minha vida. Só aqueles leitores que têm um cachorro sabem como é chegar em casa triste ou estressado, e ser recepcionado pelos amigos caninos. Em instantes esquecemos as atribulações do cotidiano. Que me perdoem os profissionais da saúde, mas um passeio com cães ao final do dia vale por muitas análises no divã.
Recentemente, minha esposa tem se associado a moradoras vizinhas para proporcionar a castração e cuidados a animais de rua. Trata-se de uma contribuição espontânea que tem o objetivo de reduzir a superpopulação de bichos abandonados à sorte. Pensar que estes animais têm direitos não é um absurdo. Vou além: não há significativos traços de conflito entre teorias dos direitos humanos e teorias dos direitos dos animais. Elas partem do pressuposto de que um ser vivo merece respeito e dignidade de forma independente da sociedade em que vive. Aspectos sociais ou culturais seriam fatores de relativização destes direitos.
Lamento que nossas administrações e legislaturas se sucedam, passam prefeitos e vereadores de tantos partidos, sem que qualquer iniciativa séria para tratar a problemática dos animais abandonados seja tomada. Com a palavra, nossos representantes.
Claudemir, parabens por ter o Prof. Koff como articulista.
Adilson Catto
Gostei muito do artigo.
Realmente é algo sério e se faz necessário providências.