DO FEICEBUQUI. A “galeria” de palavrões do editor e a incrível ideia dos que estão mesmo “indo para Cuba”
O editor tem publicado observações curtas (ou nem tanto) no seu perfil do Feicebuqui que, nem sempre, são objeto de notas aqui no sítio. Então, eventualmente as reproduzirá também para o público daqui. Como são os casos desses textos, que foram postados na rede social nas últimas horas – um deles do colega e Mário Marcos de Souza. Confira:
SOU MUITO BOM…
…de palavrões. Conheço um balaio deles. Aliás, um punhado de balaios. Mas não passo dos populares m., seu sinônimo b., e eventualmente um fdp. Nenhum outro consta de meu repertório. Seja falado ou escrito. E, ainda assim, somente entre amigos (fora do feicebuqui). Numa conversa real ou num bilhete eventual.
DIGO ISSO porque simplesmente não aguento mais a falta de educação de comentaristas de rede social cujas bocas (e penas ou dedos no teclado) mais parecem um esgoto.
PALPITE/CONVICÇÃO: quando o(a) sujeito(a) se utiliza de, como se dizia antanho, palavras de baixo calão o que lhe falta, meeeesmo, além de um mínimo de educação e civilidade, é argumento. Ou cérebro.
PONTO!
O DISCURSO…
…anticubano e um racional contraponto do colega Mário Marcos de Souza:
E entāo leio em uma coluna de economia que nos primeiros meses do ano, o Estado exportou 9,4 mil toneladas de carne para Cuba, um crescimento de 147%. Os negócios chegaram a US$ 12,5 milhōes. Bom, aguardo para breve discursos indignados da turma que demoniza Cuba, que criticou o financiamento da empresa que construiu o Porto de Mariel e que vive repetindo o ridículo mantra ‘Vai para Cuba’. Quem sabe eles convencem o Estado e os empresários gaúchos a abrir māo destes negócios?
Se a carne fosse exportada para os EUA ou Europa o aspecto da notícia seria bem positivo, poderia ser até mais barato que para Cuba. E quanto ao empresariado rico, quem manda no congresso e assembleias mesmo? Bem, fora isso é muito lindo o liberalismo, mas o comodismo do empresariado tacanho só rende tetas nas verbas públicas e investimentos e riscos fica para o estado, assim é muito fácil pregar liberalismo, estado mínimo que me financia. Só que isso é para poucos e a massa de médios e pequenos empresários compra e defende esta ideia pagando a maior conta.
Porto de Mariel foi construído pela Odebrecht com dinheiro do BNDES a juros subsidiados. Quem paga o subsídio? População via impostos. Dinheiro não seria melhor aplicado no SUS ao invés de facilitar negócios de empresários que já são muito ricos? É preciso fazer consulta popular para saber a resposta? Alás, onde está o presidente da construtora citada?
Na outra ponta, esqueceram de comentar que o valor da carne é 0,4% das exportações totais do RS?
12,5 milhões de dólares dividido por 9400 toneladas dá 1276,6 dólares por tonelada. Ou seja 1,27 dólares por kilo. Cotação de hoje: pouco mais de 3,2. Ou seja, pouco mais de quatro reais o kilo. Boi gordo vivo em Júlio de Castilhos esta em cinco reais e quarenta centavos o kilo para o produtor.
Exportação é isenta de impostos e a compensação da lei Kandir é uma merreca. Bom para quem mesmo? São espertos estes cubanos!